Por Alexandre Azevedo
Se até 2019 o EAD (Educação a distância) era um termo ainda pouco conhecido por muitos, em 2020 não teve jeito: querendo ou não, tal ideia invadiu as casas, empresas e escolas, levantando mais uma vez uma questão: trata-se de um paliativo ou ele pode vir a substituir o ensino presencial?
Antes de responder tal questão, vale ressaltar que tal modelo de aula já existe há um bom tempo, desde antes do Telecurso, passando pelas empresas de concurso público, que foram o primeiro nicho a investir pesadamente nessa forma de ensino. Inicialmente, as aulas eram alugadas em fitas gravadas, assim como filmes, como uma locadora. Assim, pessoas que trabalhavam e tinham muita dificuldade em acompanhar as matérias, tinham ali uma oportunidade extra de entender contabilidade, direito administrativo e raciocínio lógico.
O boom ocorreu pelos idos de 2009/2011, quando a tecnologia passou a permitir melhores velocidades de conexão, bem como sites mais leves e com recursos mais robustos do que um simples repositório de aulas.
Hoje em dia, aulas ao vivo, correção de redação, interação com os monitores e professores, além de grupos de estudo fechados aos assinantes já superam a simples ideia de logar e ter que se organizar com aulas gravadas, constituindo um pacote de vantagens que podem realmente fazer frente a qualquer presencial. Alguns site já marcam sessões de Google Meet com seus alunos, visando a uma maior interação e quebra da sensação de distância.
Outra coisa muito importante é que existem cursos que precisam de uma ferramenta de apoio, como a preparação para vestibulares de medicina ou ITA, já que são cursos que, dependendo da base do aluno e da carga horária presencial, se torna difícil cumprir um cronograma que envolve uma competição acirrada. E, muito importante: cursos voltados principalmente o ITA são considerados de nicho, onde muitas pessoas encontram apenas o online como opção.
Claro que o aluno não pode agir passivamente frente ao online, apenas assistindo aulas e tendo a falsa sensação de que está aprendendo: fazer exercícios e resumos é essencial. Para isso, muitas plataformas, possuem todo um cuidado em orientar o aluno e não deixar que ele acabe por desistir ou tenha um rendimento aquém do desejado.
Sendo assim, o ensino online é, para muitos, a única maneira de concluir um sonho, sem precisar perder horas de condução entre idas e vindas de um presencial, fora a vantagem de escolher seu próprio horário de estudos e poder ver/rever as aulas quantas vezes forem necessárias.
Alexandre Azevedo é professor e criador da plataforma de ensino Fábrica D
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