No Distrito Federal, mortalidade entre idosos sem ciclo vacinal completo é 33 vezes maior

Dos 93 idosos acima de 60 anos que faleceram de covid-19 no DF entre 1º de janeiro e 7 de fevereiro, 79 (82,3%) não tinham recebido três doses da vacina e 14 estavam imunizados

Pessoas com 60 anos ou mais que não receberam três doses da vacina contra a covid-19 apresentam taxa de mortalidade 33 vezes maior em comparação aos que completaram o esquema vacinal. A informação foi apresentada, nesta sexta-feira (11), durante coletiva de imprensa da Secretaria de Saúde. O percentual leva em consideração os dados de 2022 no Distrito Federal.

Dos 93 idosos acima de 60 anos que faleceram de covid-19 no DF entre 1º de janeiro e 7 de fevereiro, 79 (82,3%) não tinham recebido três doses da vacina contra a covid-19 e 14 haviam completado o ciclo vacinal. A taxa de mortalidade do primeiro grupo ficou em 164,20 óbitos por 100 mil habitantes, enquanto no segundo grupo foi de 4,9 por 100 mil habitantes no segundo.

“Fica bem claro pra gente a importância da vacinação e a urgência para que todos procurem a dose de reforço de maneira oportuna”, ressaltou a chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (Cievs-DF), Priscilleyne Reis. O alerta é para o fato de que aproximadamente 14,4% dos idosos do DF não receberam ainda as três doses da vacina.

No caso dos 14 idosos que faleceram mesmo com as três doses de vacina, a média de idade era maior: 79,7 anos. Doze casos eram de pessoas com comorbidades. Os outros dois eram de faixa etária ainda mais elevada, entre 80 e 89 anos. “É uma população que já está com maior fragilidade e, infelizmente, independente do agente, o risco de um desfecho desfavorável é maior”, explicou a chefe de Cievs-DF.

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