Agenda oficial do presidente mostra uma clara distância de estados governados pela oposição, destacando um desafio para a promessa de “pacificação do país”
Não é só a Paraíba que o presidente Lula deu as costas e não pisa de jeito nenhum em nosso estado, desprezando o seu eleitor paraibano. Preferindo viagens ao exterior unto com Janja, Lula tem mantido uma distância notável de vários estados brasileiros, principalmente aqueles governados por adversários políticos.
Desde sua posse, Lula não visitou cinco estados – Acre, Goiás, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins – todos liderados por governadores de partidos de oposição. Este padrão de viagens suscita questionamentos sobre a coerência entre o discurso de unificação nacional e as práticas políticas do atual governo.
Além desses estados, Lula também não esteve em Minas Gerais em 2023, só indo recentemente, apesar de ser um grande estado com significativa importância política e econômica. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema do partido Novo, também se posiciona na oposição ao governo federal.
O ano de 2024 segue o mesmo padrão, com Lula evitando visitas a estados como Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. Essas ausências são notáveis e podem ser vistas como uma estratégia política de evitar áreas onde a oposição tem forte presença, reduzindo potencialmente a exposição a críticas diretas.
Por outro lado, São Paulo, tanto o estado quanto a capital, emerge como o destino nacional mais frequentado por Lula, refletindo possivelmente uma estratégia de consolidar apoio em uma região importante para aspirações políticas futuras, incluindo a promoção de uma candidatura de extrema-esquerda à prefeitura.
Alagoas, governado por Paulo Dantas (MDB), um aliado de Lula, só recebeu a visita do presidente em maio deste ano, para um evento que foi caracterizado por críticos como um comício fora de época, apontando para um uso seletivo de viagens presidenciais que favorece aliados políticos.
Essa abordagem seletiva nas visitas estaduais do presidente Lula pode ter implicações para a dinâmica política nacional, à medida que reforça divisões partidárias e regionais, em vez de promover a integração nacional que é frequentemente mencionada em seus discursos. A ausência em estados governados pela oposição pode ser interpretada como uma falta de esforço para engajar com todas as partes do Brasil, crucial para a verdadeira pacificação e progresso do país.
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