Hospitais regionais de Taguatinga, Ceilândia e da Asa Norte estão engajados na ação, que reúne mais de 100 servidores e voluntários
Uma questão de saúde física, bem-estar psicológico e impacto social. É assim que os mais de 100 servidores e voluntários encaram o mutirão para reconstrução de mamas que ocorre no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) até o próximo dia 11 de outubro.
Em sua oitava edição, a iniciativa faz parte da campanha Outubro Rosa e deve atender cerca de 60 mulheres com a retirada de um ou os dois seios como tratamento contra o câncer de mama. Outras 18 mulheres serão atendidas com o mesmo procedimento cirúrgico no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
“Vamos seguir estimulando ações como essa, de união de forças em nome da qualidade de vida dos nossos pacientes”, disse a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, que participou do lançamento do mutirão do HRT nesta terça-feira (4). Ela destacou iniciativas da gestão para ampliação dos planos operacionais dos hospitais regionais e pediu a integração entre as diversas unidades da rede para garantir o atendimento de todos. “Vamos usar toda nossa capacidade instalada seja de equipamentos e de pessoal. Vamos revolucionar a saúde pública do DF”, convocou.
“O objetivo do Outubro Rosa são elas. Mulheres que chegam muitas vezes debilitadas, tristes e cabisbaixas, e saem daqui lindas e poderosas”Mônica Dias dos Reis, enfermeira
Hoje, a rede pública de saúde do DF conta com 11 mamógrafos em operação. Só neste ano, já foram realizados 19.288 exames, uma média de dois mil a cada mês. Ao longo do ano, também foram realizadas 34.623 coletas de material para a detecção do câncer de colo de útero, tema também abordado nas campanhas do Outubro Rosa.
O câncer de mama é o mais letal para as mulheres no Brasil. No DF, são cerca de 12,96 óbitos para cada 100 mil mulheres. Somente em 2022, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que sejam registrados 730 novos casos no DF, de um total de 66.280 em todo o Brasil.
Ação do HRT
“O objetivo do Outubro Rosa são elas. Mulheres que chegam muitas vezes debilitadas, tristes e cabisbaixas, e saem daqui lindas e poderosas”, disse a enfermeira Mônica Dias dos Reis, durante o lançamento do mutirão no HRT. “É a parte humana que está envolvida, não é apenas o cirúrgico”, completou o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Fausto Paguay, um dos voluntários.
Somente em 2022, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que sejam registrados 730 novos casos de câncer de mama no DF, de um total de 66.280 em todo o Brasil
Ao todo, são 30 cirurgiões plásticos que trabalham na reconstrução das mamas. Há ainda mastologistas, anestesistas e a equipe de enfermagem, além de tatuadores, responsáveis por fazer o desenho das aréolas dos seios. Antes da alta hospitalar, as mulheres atendidas passam também por sessões de beleza, com novos penteados e maquiagem.
A própria ala de cirurgia do HRT recebeu uma decoração especial para celebrar o Outubro Rosa. “A gente sabe o impacto que o HRT tem na vida das pessoas. É por isso que estamos aqui todos os dias”, afirmou o diretor do hospital, Jair Tabchoury Filho.
Desde a primeira edição, em 2016, os mutirões de reconstrução de mamas do HRT já atenderam 274 mulheres. Em 2022, a convocação para as cirurgias é realizada de acordo com a lista do Sistema de Regulação da Secretaria de Saúde.
O deputado distrital Jorge Viana, presente no evento, lembrou do início da construção do Hospital Oncológico de Brasília. Ele elogiou ainda o trabalho dos servidores públicos e a dedicação constante à saúde da população.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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