Mulher ligada ao crime organizado é presa em operação da PF que investiga as eleições de Cabedelo

A operação da Polícia Federal investiga a influência de grupos criminosos nas eleições locais, com mandados de busca e apreensão contra prefeitos e vereadores

Da Redação

A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta terça-feira (19) que resultou na prisão de Flávia Santos Lima Monteiro, apontada como funcionária fantasma vinculada ao Fundo Municipal de Saúde de Cabedelo. Ela é considerada uma mulher de confiança de Flávio de Lima Monteiro, conhecido como “Fatoka”, líder de um grupo criminoso com atuação no município. Segundo as investigações, Flávia seria o elo entre a atual administração de Cabedelo e o crime organizado.

A operação investiga a suposta interferência de facções criminosas nas eleições de Cabedelo, com o uso de violência, ameaças e coerção para influenciar a política local. Flávio de Lima Monteiro, conhecido por sua atuação no controle territorial, seria responsável por exercer influência sobre os eleitores em troca da nomeação de pessoas para cargos públicos.

Além de Flávia, a operação também cumpre mandados de busca e apreensão contra o prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, e o prefeito eleito, André Coutinho. Ambos aliados políticos, os dois se disseram à disposição das autoridades para esclarecimentos. Vitor Hugo, por meio de nota, negou qualquer envolvimento com as investigações, enquanto Coutinho expressou sua confiança na Polícia Federal e na Justiça Eleitoral, aguardando a resolução das questões no processo.

A operação também incluiu a prisão de Márcio Silva (União Brasil), vereador reeleito de Cabedelo, que teve um mandado de busca e apreensão cumprido em sua residência. O parlamentar se colocou à disposição para contribuir com as investigações e reforçou sua postura de defesa da transparência e da ética no processo eleitoral.

A investigação apura os crimes de organização criminosa, coação de voto, lavagem de dinheiro e peculato. Ao todo, cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva foram cumpridos durante a operação. A Polícia Federal segue com as investigações para esclarecer o envolvimento de figuras políticas locais com práticas ilegais no processo eleitoral.

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