MS: Seminário Audiovisual proporciona troca de experiências com profissionais da Capital e do interior

Campo Grande (MS) – Foi realizada na manhã de sábado, dia 18 de junho, no Museu da Imagem e do Som (MIS), a primeira parte do 1º Seminário Estadual de Audiovisual de Mato Grosso do Sul. O Seminário faz parte da programação da Semana do Cinema Brasileiro, que acontece deste a última terça-feira.

Os trabalhos foram iniciados com a fala da secretária adjunta de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) e presidente da Fundação de Cultura de MS, Andréa Freire, que ressaltou a importância de se refletir as ações do setor. “A política pública nasce das demandas da realidade de quem faz. Temos que identificar essas demandas para verificar o que se quer projetar para o futuro. Este dia é muito importante para a construção do Plano Setorial do Audiovisual, que vai demandar a participação de vocês”.

O presidente do Fórum de Cultura e membro da Comissão Interina do Colegiado Audiovisual, Airton Paes, disse que a política pública é feita por todos os presentes. “Devemos aproveitar o momento para trazer o interior e estreitar o diálogo com o poder público. A presença de todos é importante para construirmos as políticas públicas em conjunto. Agradecemos o apoio da Fundação de Cultura e Sectei neste processo”.

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Logo depois foi lido e aprovado o Regimento Interno do Colegiado Estadual Setorial de Audiovisual de Mato Grosso do Sul. O Colegiado é órgão integrante da estrutura do Fórum de Cultura, do Plano Estadual de Cultura e do Sistema Estadual de Cultura de Mato Grosso do Sul.

Feitas as alterações necessárias no regimento do colegiado, o grupo se reuniu para trocar experiências, cada um falando sobre suas atividades e a situação do audiovisual em sua cidade. Wiliam Nicolai trabalha com publicidade em Dourados e é acadêmico de Artes Cênicas da Universidade Federal da Grande Dourados. Ele falou que, por não ter suporte do governo e empresas, tudo o que se faz lá é independente. “Falta mais um pouco pra a integração. A gente não se conhece. O FUÁ (Festival Universitário do Audiovisual) foi o grande incentivo para prosseguir. Fomenta bastante a produção. É importante produzir porque a gente gosta, mas a gente quer que as pessoas vejam nosso trabalho”.

Thales Pimenta, também de Dourados, programador visual da UFGD, disse que o curso de Artes Cênicas foi um dos responsáveis por agregar as pessoas do setor na cidade. “O curso foi uma coisa bacana, fez com que as pessoas se encontrassem. Nós temos o MAD, Mostra Audiovisual, que já teve quatro edições, você vê gente que não conhece a Mostra até hoje. Em Dourados tem muita produção em publicidade e cobertura de eventos. Tem uma galera com conteúdo mais cultural, mas é muito pouco ainda. Participo deste Seminário para conhecer o pessoal. Já dialogamos a distância, mas queria participar pessoalmente”.

Igor Matheus, acadêmico de jornalismo e radialista da Uniderp FM, fundou ano passado o grupo de teatro “Falta um”, que adota uma linha mais psicológica, mais dramática, e afirma que o seu gruo está se inserindo de forma independente no audiovisual. “Acredito no potencial de nossa cultura sul-mato-grossense. Somos operários do audiovisual. É importante esse evento para fortalecer o setor”.

O cineasta Carlos Eduardo Modesto mora desde 2013 em Três Lagoas em disse que a partir de 2014 o audiovisual começa a criar corpo em sua cidade. “Temos o cineclube Boca Cine, que funciona há um ano, há produção de documentários e longa-metragens. Este Seminário é importante no sentido de fomentar o audiovisual e possibilitar a estruturação com o interior. A gente vai sempre trazer algo novo para o interior, em termos de construção tecnológica, linguagem. Qualquer informação que levarms é válida”.

O Seminário continua no período da tarde, com a palestra sobre a Elaboração do Plano Setorial de Audiovisual de Mato Grosso do Sul, com a presença da chefe da Ancine em Brasília, Débora Peters, que irá orientar os representantes da sociedade civil e do governo do Estado sobre a construção do plano setorial, visando à institucionalização de políticas públicas efetivas para o setor.

A Semana do Cinema Brasileiro termina amanhã, com a exibição de filmes nacionais no MIS, a partir das 14 horas. Confira a programação:

Dia do Cinema Brasileiro – Maratona Nacional – 19 de junho – domingo

14h – Brasil animado (2011) Mariana Caltabiano
16h – Colegas (2013) Marcelo Galvão
18h – O cheiro do ralo (2007) Heitor Dhalia
20h – Saneamento Básico (2007) Jorge Furtado
22h- Encarnação do Demônio (2008) Zé do Caixão (2008) José Mojica Marins

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