Autor da famosa frase “Missão dada é missão cumprida”, o ministro encerra seu ciclo no Tribunal Superior Eleitoral
Nesta quinta-feira (9), o ministro Benedito Gonçalves, conhecido por sua polêmica frase “Missão dada é missão cumprida”, despediu-se do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após dois anos de atuação marcada por decisões importantes. Durante seu discurso de encerramento, ele recordou relatorias relevantes, incluindo o processo que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general da reserva Walter Braga Netto inelegíveis por oito anos, bem como outras ações relacionadas às eleições presidenciais do ano passado.
Benedito Gonçalves ganhou notoriedade por suas posições firmes em relação a Bolsonaro durante o processo eleitoral. Nomeado pelo presidente Lula em 2008, de quem levou uns “tapinhas” no rosto durante um evento, o ministro é juiz de carreira, conhecido por seu perfil discreto, e é o único negro entre os 33 integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Com a saída de Gonçalves, o ministro Raul Araújo assumirá a Corregedoria da Corte. Ambos são provenientes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, conforme tradição, permanecem apenas dois anos no TSE como titulares. Os processos restantes envolvendo Bolsonaro passarão a ser conduzidos pelo novo corregedor.
A mudança na relatoria pode influenciar o ritmo dos julgamentos do ex-presidente. Durante o final de seu mandato, Benedito Gonçalves priorizou pautar as ações mais avançadas, resultando em sete processos julgados contra Bolsonaro em quatro meses. Ainda restam 10 ações que afetam o ex-presidente e seus aliados a serem julgadas no TSE.
A saída de Benedito Gonçalves representa uma mudança significativa no cenário político e jurídico do Brasil, uma vez que ele desempenhou um papel de algoz na condução de casos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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