Com novas funções e estratégias, empresas do setor se preparam para se enquadrar em todos os requisitos da norma
Sancionada em agosto de 2018, e em vigor desde meados de setembro deste ano, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) está transformando muitos setores da economia. Implementada para regular a coleta, armazenamento, uso e compartilhamento de dados de usuários por empresas públicas e privadas, busca ampliar a segurança e a privacidade dos consumidores. Lidando diretamente com esses ativos, segmentos como o marketing digital estão correndo contra o relógio para adaptar processos e ferramentas que possam garantir a correta curadoria das informações e o cumprimento da norma.
“As equipes vão precisar melhorar governança, gerenciamento e armazenamento. Ainda será necessário mapear os processos que envolvem dados pessoais, analisar riscos à privacidade e estar preparado para prestar esclarecimentos aos titulares a qualquer momento”, afirma Rafael Arruda, head de Mídia, BI e SEO na GhFly, empresa de marketing digital com foco em performance.
O executivo ressalta que a LGPD não vem para inviabilizar as estratégias de data-driven marketing, mas sim para regulamentar o uso dos dados pessoais. “Para quem já está familiarizado com o marketing digital estratégico, a transição será tranquila e trará grandes frutos nos resultados das ações”, diz.
Adaptação
Organizações do setor que ainda não tenham todos os processos definidos podem seguir quatro regras simples para se enquadrar na norma. “Crie um setor que seja responsável pelo gerenciamento de dados; elabore uma política de consentimento ou de privacidade bem definida e robusta; mapeie todos os seus dados, criando uma cultura de conscientização; e repasse as normas de segurança para todos os colaboradores, clientes e fornecedores”, indica Arruda.
De acordo com ele, se as empresas obtiverem autorização expressa dos usuários para o tratamento de seus dados pessoais para fins de marketing, não haverá qualquer violação de privacidade. “A LGPD reforça o papel central dos titulares nas decisões sobre seus dados pessoais e existe uma série de ações possíveis dentro daquilo que se costuma chamar de permission-based marketing”, explica.
A LGPD, conforme lembra Arruda, trata de dez bases legais que autorizam o tratamento de dados pessoais. “O consentimento é apenas uma dessas possibilidades. Na Europa, já se reconhece que o marketing direto pode ser justificado pela ótica do ‘legitimo interesse’, que dispensaria o consentimento, quando a ação estiver, por exemplo, apoiada num relacionamento comercial prévio e tenha sido transparente e condizente com as expectativas dos titulares”, esclarece.
Além disso, não precisa existir preocupação com a privacidade dos usuários quando as ações utilizarem apenas dados anonimizados. “Se o dado não permite a identificação de seu titular, não carece de proteção especial. É aqui que encontraremos o grande desafio tecnológico e operacional, mas que é totalmente possível de ser superado.”
Sobre a GhFly
Líder em performance, a GhFly é uma das principais empresas de marketing digital da América Latina. Fundada em 2010, a empresa possui expertise em gerar crescimento de vendas e ampliar a presença digital dos clientes que fazem parte de seu respectivo portfólio. O time da GhFly é composto por uma equipe multidisciplinar que está em constante aprimoramento. Isso garante a qualidade nas entregas, da performance ao criativo. Com escritórios em Curitiba e São Paulo, a agência segue em expansão para outros países da América Latina, como Colômbia, Centro América e Chile.
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