Ex-ministro vê a ex-primeira-dama como potencial candidata se Jair Bolsonaro for inelegível nas eleições
Da Redação
Brasília, 26 de janeiro de 2024 – Na quinta-feira (25), o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que “não subestimaria” a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como candidata à Presidência da República nas eleições de 2026. Ele considera que ela poderia ser uma “solução” caso o ex-presidente Jair Bolsonaro continue inelegível até o pleito.
“Às vezes, fala-se que ela pode ser candidata no lugar de Bolsonaro. Eu não subestimaria Michelle como candidata, porque o bolsonarismo é uma força. Bolsonaro elegeu senadores, como Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo pelo Republicados], que foi eleito em São Paulo”, declarou Dirceu em entrevista à CNN Brasil.
Após mencionar o nome do governador de São Paulo, Dirceu ressaltou que não foi “o bolsonarismo que elegeu Tarcísio”, mas sim “o conservadorismo que existe” em São Paulo. Ele também destacou a presença do progressismo no estado, mencionando pleitos anteriores disputados por membros do Partido dos Trabalhadores (PT) como José Genoíno, Aloízio Mercadante e Marta Suplicy.
Dirceu continuou: “Genoíno fez isso, Mercadante fez. Marta, quando quase foi para o segundo turno com [Mário] Covas, já mostrou nossa força em 1998. O PT e as esquerdas têm força no Estado de São Paulo. Mas eu acho que sim, que ele [Bolsonaro] pode buscar uma solução como colocar a ex-primeira-dama, a esposa dele, Michelle, como candidata”.
O nome de Michelle Bolsonaro surgiu quando Dirceu foi questionado sobre potenciais adversários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida pela reeleição em 2026. Ele citou outros nomes como Tarcísio de Freitas, governador do Paraná Ratinho Jr (PSD), Ronaldo Caiado (União Brasil) de Goiás e Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais.
“Estou vendo o PSD falando em Ratinho Jr, o nosso Caiado, nosso vizinho, Tarcísio pode ou não ser candidato, por enquanto Zema, eu não sei se ele consegue viabilizar uma candidatura. Eu vejo que, por enquanto, não está muito definido isso. Bolsonaro pode ser que ele seja candidato inelegível, fique até o final até o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] declarar inelegível e depois coloque alguém para substituir. Mas precisa ver quais partidos vão com Bolsonaro. Será que o PR, o PP, o PSD, o União Brasil vão junto? É muito improvável que isso aconteça”, disse Dirceu.
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