GDF cria novas faixas exclusivas para ônibus, amplia número de estações de metrô e deixa o DF com a maior malha cicloviária do país
Integrar os modais, aprimorar o transporte coletivo, desafogar o trânsito das vias e estimular o uso das bicicletas foram prioridades para o Governo do Distrito Federal em 2020. As ações adotadas têm o propósito de ampliar as possibilidades de locomoção do cidadão e melhorar a qualidade e diminuir o tempo em que as pessoas passam se deslocando.
De olho nisso, as bicicletas e os patinetes compartilhados voltam a Brasília, desta vez com prioridade para as estações de metrô e terminais de ônibus. Eles deverão estar disponíveis nos locais com maior demanda, de forma a integrar os deslocamentos dos pedestres com o transporte coletivo.
135,2 quilômetrosde faixas exclusivas para ônibus no DF
As áreas a serem atendidas são Plano Piloto, Lago Sul, Lago Norte, Sudoeste/Octogonal, Cruzeiro, Noroeste, Taguatinga, Ceilândia, Águas Claras, Vicente Pires, Jardim Botânico, São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Guará I e II, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA), Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Santa Maria, Gama, Park Way, Recanto das Emas, Samambaia, Riacho Fundo I e II, Planaltina, Sobradinho.
São sete lotes. Juntos, eles vão oferecer o mínimo de 1,2 mil bicicletas e patinetes, com pelo menos 2.040 vagas em estações onde os equipamentos poderão ser acessados.
Maior malha de ciclovias do país
Brasília se firmou em 2020 como a capital brasileira com a maior malha cicloviária do país. O modal antipoluente, econômico e saudável de locomoção cresceu durante a pandemia. Recebeu mais investimentos com a ampliação de ciclovias e ciclofaixas para o deslocamento mais seguro dos ciclistas.
Desde o início desta gestão, o conjunto de pistas exclusivas para bicicletas, skates e outros meios de locomoção não motorizados teve um aumento de 20% em sua extensão, saltando de 466,6 quilômetros, no final de 2018, para 553,95 quilômetros em julho de 2020. Esse número deixa o Distrito Federal em primeiro lugar no país com mais acessos ao trânsito de ciclistas.
Em 18 meses, o GDF construiu 87,35 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, entre elas 22,4 quilômetros na EPTG, 8,7 quilômetros no Trecho de Triagem Norte (Ponte do Bragueto) e 2,7 quilômetros no Noroeste. Além disso, investiu em iluminação pública da malha. Foram cerca de R$ 300 mil injetados no reforço de iluminação pública de outras três ciclovias do Guará.
Inauguradas novas estações de metrô
Após duas décadas de espera, uma demanda antiga dos usuários do transporte público no DF foi atendida: o GDF inaugurou em setembro duas novas estações do Metrô-DF – uma na 106 Sul e outra na 110 Sul. Meio de transporte mais rápido e ecologicamente correto, os trens de Brasília atendem cerca de 150 mil pessoas diariamente.
Foram investidos R$ 35,8 milhões na conclusão das obras das estações e na implantação dos demais sistemas, como telefonia, sistema de transmissão de dados, radiocomunicação, mobiliário, ligações definitivas de água e energia, instalações de prevenção e combate a incêndio, comunicação visual e de segurança, entre outros. São serviços fundamentais para o funcionamento do Metrô-DF.
Acessibilidade
Quatro micro-ônibus adaptados para pessoas com deficiência foram doados pelo governo federal à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). Um deles foi entregue à Associação Pestalozzi de Brasília, localizada na Asa Sul.
Os demais ficaram disponíveis para o atendimento de crianças, idosos e deficientes das unidades de acolhimento socioassistencial da capital.
Terminais nas RAs
Um terminal em construção, quatro projetos em elaboração e uma licitação de reforma em análise fazem parte de um conjunto de obras que vão atender 275 mil usuários do transporte coletivo e gerar 760 empregos.
Em Santa Maria, por exemplo, os trabalhos para a construção do novo terminal rodoviário começaram e estão em pleno andamento. A estação, que servirá de partida e chegada de pelo menos 14 linhas, é a primeira da cidade e atenderá uma espera de mais de dez anos. O investimento previsto é de R$ 4,8 milhões.
Já o terminal do Itapoã começa a sair do papel com a escolha da empresa que o construirá, nos termos do processo de concorrência pública divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal da última quarta-feira (23). A nova estrutura vai beneficiar, diretamente, 65 mil pessoas. A previsão é de que a obra dure 540 dias a partir do início dos trabalhos e gere 50 empregos diretos e 25 indiretos.
Mais faixas exclusivas
Já está em operação as faixas exclusivas para ônibus, táxis e veículos do transporte escolar no Eixo Monumental. O sistema de circulação prioritária contempla as vias S1, sentido Cruzeiro-Esplanada dos Ministérios, e N1, sentido Congresso Nacional-Setor Militar Urbano (SMU) e pretende dar fluidez ao transporte coletivo nos horários de pico da vias.
O DF já conta com 135,2 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus, que funcionam na EPTG, na EPNB, na W3 Sul e Norte e no Setor Policial.
Abrigos de passageiros
Ao longo de 2020, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) instalou 116 novos abrigos para passageiros de ônibus em 17 regiões administrativas. Em agosto, foi licitada a implantação de 425 novos abrigos, a reforma de 650 e a substituição de 100 – trabalho que será visto a partir do próximo ano em todo Distrito Federal.
Só em novembro foram entregues 14 estruturas cobertas que servirão de apoio aos usuários de transporte público: cinco no Sol Nascente, cinco em Ceilândia, uma em Planaltina, uma em Samambaia e duas na região do Lago Norte/Trevo de Triagem Norte.
As paradas de concreto possuem estrutura moderna que inclui acessibilidade para pessoas com deficiência (rampas de acesso e piso tátil), além de calçada nova e meio-fio. Vinte e cinco empregos foram gerados exclusivamente para a construção de todos os pontos. O valor investido para a implantação das 14 estruturas é de R$ 229 mil (mais precisamente, R$ 229.074,58).
Modais integrados avançam no DF
PRINCIPAIS AÇÕES EM 2020
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