Instituições Federais da Paraíba retomam aulas na segunda-feira após fim de greve fracassada

UFPB, UFCG e IFPB reiniciam atividades acadêmicas em 1º de julho, com calendário ajustado para compensar dias paralisados

Da Redação

Após a decisão nacional de encerrar a greve nas universidades e institutos federais, as instituições de ensino da Paraíba, incluindo a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e o Instituto Federal da Paraíba (IFPB), anunciaram o retorno das aulas para a próxima segunda-feira, 1º de julho. Confira o calendário de cada instituição abaixo.

A decisão foi tomada após deliberação dos sindicatos representativos: o Sindicato dos Professores da UFPB (Adufpb), o Sindicato dos Professores da UFCG (Adufcg) e o Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintefpb), em conformidade com a decisão nacional.

UFPB

A Pró-reitoria de Graduação (PRG) da UFPB comunicou que as atividades acadêmicas do calendário letivo 2024.1, paralisadas desde 11 de março, serão retomadas na segunda-feira (1º). A PRG recebeu um ofício da Diretoria Executiva da ADUFPB informando sobre o fim da greve e o retorno das atividades dos docentes.

A PRG submeterá uma proposta de reposição das aulas afetadas pelo movimento grevista ao Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe). A reunião para discussão dessa proposta está marcada para quinta-feira, 4 de julho.

UFCG

A Reitoria da UFCG informou que o período letivo 2024.1 será iniciado nos campi de Campina Grande, Cuité, Patos, Pombal, Sousa e Sumé na segunda-feira (1º), e as atividades do período 2023.2 serão retomadas no campus de Cajazeiras. Os calendários acadêmicos retificados serão publicados para melhor planejamento das coordenações administrativas e de cursos. Os técnico-administrativos também suspenderam suas atividades no dia 11 de março.

IFPB

O IFPB anunciou que as atividades acadêmicas e administrativas no campus de João Pessoa, Campus Mangabeira e na Reitoria serão normalizadas na segunda-feira. O Pró-Reitor de Ensino, Neilor César, explicou que cada campus tem a prerrogativa de decidir o retorno das atividades e o calendário acadêmico. O IFPB possui 21 unidades e a greve começou em 3 de abril.

Reivindicações e acordos

Os servidores reivindicavam:

• Reestruturação de carreiras de técnicos e professores;
• Recomposição salarial (34,32% para técnicos e 22,71% para professores);
• Revogação de algumas normas;
• Recomposição do orçamento;
• Reajuste dos auxílios e bolsas dos estudantes;
• Código de vagas e concurso imediato para técnicos e professores.

O acordo entre o Ministério da Educação (MEC), o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e as entidades sindicais, assinado na quinta-feira (27), prevê:

Para o magistério federal:

• Reestruturação da carreira com aumentos salariais de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026;
• Reformulação na progressão entre os níveis;
• Fim da instrução normativa 66, que restringe promoções e progressões dos docentes;
• Aumentos nos auxílios alimentação, saúde e creche a todos os servidores em 2024.

Para os técnico-administrativos:

• Reajustes salariais escalonados: 9% em 2025 e 5% em 2026;
• Aumento dos níveis de carreira conforme novos títulos acadêmicos;
• Introdução da progressão na carreira por Reconhecimento de Saberes e Competências a partir de 2026.