Curitiba (PR) – O governador Beto Richa participou nesta quarta-feira (3) da solenidade em que a Heineken inaugurou a ampliação de sua fábrica de cerveja em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O investimento, apoiado pelo programa de incentivos Paraná Competitivo, é de R$ 241 milhões e gera 85 empregos diretos. Até 2022, os recursos vão somar R$ 414 milhões. Richa enfatizou que o empreendimento se soma a outros grandes investimentos produtivos no Paraná e, em particular nos Campos Gerais.
Em 2011, lembrou o governador, os indicadores econômicos do Paraná eram negativos, com crescimento abaixo da média nacional. Nos últimos cinco anos e meio, além do programa de incentivo fiscal para atração de indústrias, o governo estadual investiu na infraestrutura de rodovias, no Porto de Paranaguá, em energia e saneamento. “Esse conjunto de fatores é que tornou o Paraná um estado que oferece condições e ambiente propício para quem quer investir com segurança e tranquilidade”, afirmou o governador na solenidade, na presença do Didier Debrosse, presidente da Heineken Brasil; do vice-presidente para a área de logística, Erwin Rosens, e da maior acionista do grupo, Charlene de Carvalho Heineken. “Tudo isso se traduz em mais riquezas para a região e também em mais empregos para os paranaenses, mesmo em um momento crítico do Brasil, com forte crise econômica e muitos desempregados. Os programas bem planejados para o desenvolvimento da economia e mais o ajuste fiscal que permitiu o equilíbrio financeiro do Estado, colocam o Paraná em uma situação destacada, privilegiada em relação aos demais estados brasileiros”, disse Richa.
Ele destacou os Campos Gerais, que detêm um terço dos investimentos industriais realizados com apoio do governo estadual, nos últimos anos. “A região se consolida como um grande polo industrial e, também, um polo cervejeiro, com a fábrica da Ambev e a ampliação da Heineken. É uma demonstração clara do atual momento que vive o Paraná. Temos vindo sistematicamente a Ponta Grossa para anunciar e inaugurar empreendimentos.”
MAIOR FÁBRICA – A reinauguração da fábrica também marca a comemoração dos 20 anos da fábrica da Kaiser na cidade. A Heineken, de origem holandesa, está no Brasil desde 2010, quando adquiriu a cervejaria Kaiser, que pertencia ao grupo Femsa. A Heineken aumentou em mais de 40% a capacidade produtiva em Ponta Grossa, tornando a unidade a 12.ª maior fábrica do grupo no mundo e responsável por 32% da produção no Brasil. As obras geraram 1,7 mil empregos temporários. A área construída da unidade passou de 53 mil para 74 mil metros quadrados.
Todas as áreas da cervejaria passaram por mudanças. A fábrica terá capacidade instalada de 4,6 milhões de hectolitros/ano e aumentará sua gama de produtos passando a produzir as marcas Heineken, Sol, Desperados e Amstel.
APOIO – Didier Debrosse, presidente da Heineken Brasil, disse que o investimento na planta faz parte da estratégia da companhia para aumentar sua presença no país e sua competitividade no mercado premium, além de continuar ativa no mercado mainstream. “Nossa meta é produzir todas as marcas da empresa nessa unidade de Ponta Grossa”, afirmou.
O presidente afirma que houve o estudo para escolher quais das seis unidades da Heineken no Brasil seria ampliada. “Temos uma forte posição no sul. Escolhemos a unidade de Ponta Grossa porque ela é estratégica e muito importante para nossa marca”, avaliou. Ele destacou a boa infraestrutura viária da região e o apoio do governo estadual e municipal. “Esse investimento só foi possível porque tivemos apoio do Estado e da municipalidade. Essa fábrica terá desempenho igual as melhores fábricas da marca no mundo”, afirmou.
Apesar da crise nacional, Didier Debrosse afirmou que a cervejeira acredita na recuperação econômica do Brasil. “Acreditamos no potencial do Brasil. Um futuro promissor a longo prazo”, afirmou. O Brasil já é o terceiro maior mercado para a Heineken no mundo. “Globalmente, somos o primeiro país em contribuição de volume para a marca Heineken, o segundo maior país no ranking da marca Sol Premium e nos tornamos o mercado que mais contribui com volume adicional de Amstel”, informou.
PROJETOS – A Heineken é a terceira maior cervejaria do mundo e a terceira maior do País, atrás da Ambev e do grupo Petrópolis. A empresa tem capacidade para produzir 19 milhões de hectolitros por ano e os planos é alcançar 25 milhões de hectolitros por ano até 2018, com a expansão da fábrica de Ponta Grossa e da construção de uma unidade em Goiás. Além da fábrica no Paraná, a empresa possui unidades de produção em Gravataí (RS), Paraçatuba (CE), Jacareí e Araraquara (SP) e Itumbiara (GO), que está em construção.
PRESENÇAS – Participaram da inauguração da ampliação da Heineken o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Feip), Edson Campagnolo, o deputado estadual Plauto Miró e lideranças de diversos setores da região.
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Investimentos nos Campos Gerais somam R$ 10,7 bilhões
O investimento da Heineken consolida a temporada de grandes empreendimentos nos Campos Gerais, atraídos pelas vantagens comparativas da região em termos de localização e mão de obra, e pelo programa de incentivos Paraná Competitivo. Os investimentos enquadrados no programa, desde 2011, somam R$ 10,7 bilhões, de acordo com levantamento da Agência Paraná de Desenvolvimento (APD). O volume inclui o projeto Puma, da Klabin, com investimento de R$ 8,5 bilhões em Ortigueira – o maior da história do Estado. Entre construção de novas fábricas e ampliações de instalações, os projetos devem gerar 15 mil empregos.
Para o presidente da APD, Adalberto Netto, o investimento da cervejeira é uma demonstração que, mesmo com a crise, o setor produtivo acredita no Paraná. Ele lembrou que houve uma queda de investimentos diretos no Brasil, da ordem de 40% no último ano. Neste cenário, o Paraná é um dos poucos estados que não só mantém, mas também expande os investimentos. “Isso é muito especial e não é por acaso, pois temos uma combinação de governo trabalhando com a iniciativa privada, o que dá condições para os empreendimentos serem competitivos”, disse ele. Nos últimos cinco anos e meio, afirmou o presidente da APD, foram atraídos ao Estado mais de R$ 50 bilhões, uma marca que é destaque no Brasil e na América Latina. “Recebemos cerca de cinco missões internacionais por semana para conhecer o Paraná. Volume equivalente ao estado de São Paulo, que é maior que o Paraná”, afirmou.
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