Hugo Motta rejeita pautar anistia do 8 de Janeiro e fortalece alinhamento com Lula e Alexandre de Moraes

Interlocutores afirmam que chance de votação do projeto é nula, enquanto oposição intensifica pressão na Câmara dos Deputados

Da Redação

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), descartou pautar o projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, segundo informações divulgadas nos bastidores políticos. Interlocutores próximos ao parlamentar afirmaram à imprensa que a possibilidade de o tema ser levado a plenário é “zero” no momento, marcando uma mudança em relação a posicionamentos anteriores de Motta, que já demonstrou simpatia pela proposta.

A alteração na postura de Motta coincide com eventos recentes, como um jantar na residência do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em 18 de março, seguido por sua participação na comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem ao Japão e Vietnã, iniciada em 22 de março. Esses episódios consolidaram uma aproximação com o governo federal, levando-o a ser descrito como um aliado próximo de Lula. Antes, Motta havia recebido apoio do PL, partido de Jair Bolsonaro, em sua eleição à presidência da Câmara em fevereiro, com a anistia como uma das promessas de campanha.

A decisão de não avançar com o projeto provocou reações da oposição, que vê a postura como um rompimento com compromissos firmados. Líderes do PL, como Sóstenes Cavalcante (RJ), prometem intensificar a pressão, incluindo a possibilidade de obstruir os trabalhos legislativos. A proposta, que conta com apoio de siglas como PP, PSD e União Brasil, ainda precisa de cerca de 20 votos para alcançar os 257 necessários à aprovação, mas enfrenta resistência do governo e agora a falta de aval de Motta para ser votada.

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