Hugo Motta defende a independência legislativa em primeiro discurso como presidente da Câmara

(Foto Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

Novo presidente enfatiza responsabilidade fiscal e transparência governamental

Em seu primeiro discurso após ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) fez uma vigorosa defesa da democracia, evocando o icônico gesto de Ulysses Guimarães ao levantar a Constituição Federal sob aplausos do Plenário. Motta declarou explicitamente seu “nojo da ditadura”, reafirmando seu compromisso com os valores democráticos.

O presidente da Câmara destacou que o desejo do povo brasileiro é por emprego e paz, não por disputas de poder. Ele sublinhou que ninguém está acima da democracia e advertiu sobre os perigos de um retorno ao passado autoritário, afirmando que “o passado é um caminho sem volta, termina na destruição da política, no colapso da democracia”.

Motta posicionou o Legislativo como um baluarte contra os inimigos da democracia, reforçando a importância histórica da Casa em defender os princípios democráticos. Ele também refletiu sobre a aprovação das emendas impositivas como um momento de reencontro do Parlamento com a essência do projeto constitucional, promovendo a independência do Legislativo.

O novo presidente criticou as relações “incestuosas” entre os Poderes Executivo e Legislativo, advogando por uma postura mais independente e responsável, com a Constituição como guia para superar crises. Ele propôs uma plataforma digital para aumentar a transparência nos gastos públicos entre todos os Poderes, visando uma “transparência total a todos”.

Sobre a economia, Motta enfatizou a importância da estabilidade econômica, destacando que a inflação é um dos maiores males sociais. Ele conectou a estabilidade econômica com a democracia, afirmando que “não há democracia com caos social, e não há estabilidade social com caos econômico”, defendendo medidas de responsabilidade fiscal como caminho para assegurar ambos.

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