Presidente da Câmara afirma que escolha segue regras regimentais e não pode ser alterada por intervenção externa

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta terça-feira, 11 de março de 2025, que não há possibilidade de interferência na indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para assumir o comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN). A afirmação foi feita em resposta às pressões de parlamentares da base governista, que tentam evitar a nomeação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro para o colegiado.
Motta explicou que a distribuição das presidências das comissões segue a proporcionalidade das bancadas, conforme o regimento interno da Casa. O PL, maior partido da Câmara com 92 deputados, tem prioridade na escolha de até duas comissões, e a CREDN foi apontada como uma das preferências da legenda. “Não há como interferir, não há como mudar. Isso se dá pelo tamanho de cada bancada”, disse o presidente durante entrevista em Brasília, antes de um jantar com líderes partidários.
A indicação de Eduardo Bolsonaro tem gerado resistência, especialmente do PT, que vê na nomeação um risco de conflitos com o Supremo Tribunal Federal (STF) e prejuízos às relações internacionais do governo Lula. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), já confirmou que o partido manterá a escolha, independentemente das críticas. A definição oficial das comissões está prevista para ocorrer em uma reunião de líderes na quinta-feira, 13 de março.

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