Este ano, a Paraíba já realizou 98 transplantes, com destaque para 71 de córneas, cinco de coração, nove de rim e 13 de fígado
Da Redação
Aconteceu no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, a 18ª doação de órgãos do ano, marcando a sétima doação de coração e a quarta no próprio hospital.
Este ano, a Paraíba já realizou 98 transplantes, com destaque para 71 de córneas, cinco de coração, nove de rim e 13 de fígado. Porém, ainda há 554 pessoas aguardando na lista de transplantes do estado.
A paciente doadora, de 33 anos, estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morreu vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A confirmação da morte encefálica e a autorização familiar foram fundamentais para o avanço do processo de doação.
Rafaela Dias, diretora da Central Estadual de Transplantes, ressaltou a importância desses gestos. “Desde o início do ano, temos visto uma ampliação muito grande do número de doações de órgãos aqui na Paraíba, já somamos 18 e registramos uma média de uma doação por semana. Cada órgão doado é uma promessa de vida que se renova, um testemunho de amor que transcende o indivíduo e toca o coletivo. Cada sim é uma onda de compaixão que se espalha, capaz de transformar a tristeza em um legado de vida,” comentou.
Foram doados o coração, o fígado, os rins e as córneas. O coração foi transplantado no mesmo hospital, beneficiando um homem de 52 anos; já o fígado foi para uma paraibana de 68 anos; o rim direito vai tirar da lista de espera uma pernambucana de 54 anos; o rim esquerdo terá um receptor paraibano de 53 anos e as córneas foram enviadas para o Banco de Olhos.
Dos sete corações doados este ano no estado, cinco foram para paraibanos e dois foram encaminhados para a Central de Transplantes de Pernambuco. A lista para transplantes é única, contemplando pacientes tanto do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto da rede privada. A lista de espera por um órgão funciona baseada em critérios técnicos, em que a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados.
Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica. Além disso, algumas situações de extrema gravidade com risco de morte e condições clínicas de um paciente aguardando transplante também são determinantes na organização da fila do transplante.
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