Reunidos em Brasília, 19 prefeitos pediram nesta quarta-feira 18) ao ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, a continuidade do diálogo entre municípios e a Presidência da República, agora sob o comando do presidente Michel Temer.
O grupo apresentará ao ministro uma lista com 35 demandas consideradas urgentes pelos gestores locais. Uma delas, segundo o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, é a ampliação de investimentos da União na saúde. “Há hoje um subfinanciamento na área da saúde nos municípios e os prefeitos reivindicam, no mínimo, um aumento do que é repassado pela União.”
Na lista que será entregue ao governo, os prefeitos também pedem a ratificação da medida provisória assinada pela presidenta afastada Dilma Rousseff que prorrogou o programa Mais Médicos. Para Fortunati, o programa “é fundamental no atendimento nas grandes e pequenas cidades do país”.
O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Márcio Lacerda, também defenderá um diálogo estreito entre municípios e governo federal. “Temos visto o presidente Temer falar da importância de um aprimoramento da relação federativa e a melhor oportunidade seria discutirmos com frequência e dando resultados no avanço de medidas no Legislativo. Nesse momento de dificuldades na economia, de retomada do crescimento, é mais necessário, urgente, retomarmos esse diálogo com o governo para medidas urgentes, estruturantes.”
Eleições municipais
Questionado sobre a eventual dificuldade em formar alianças políticas para as eleições municipais após o afastamento de Dilma, Lacerda disse que não falaria sobre o assunto.
Na terça-feira (17), o PT, partido da presidenta afastada, anunciou que não fará alianças para as eleições municipais com políticos que apoiaram o impeachment de Dilma. O PSB, partido de Lacerda, votou a favor do afastamento, mas ele, no entanto, se manifestou contra o processo e chegou a articular uma frente de prefeitos contra o impeachment.
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