Medida que buscava reduzir preços é abandonada diante da reação negativa no ambiente digital
Após um intenso debate nas redes sociais e críticas generalizadas, o governo do presidente Lula decidiu recuar de sua proposta de alterar as regras para a data de validade dos alimentos. A ideia inicial era permitir que produtos fossem vendidos após a data de validade estipulada, com o objetivo de reduzir desperdício e, consequentemente, os preços nos supermercados. No entanto, a repercussão negativa fez com que o governo reconsiderasse sua posição.
A polêmica começou quando foi sugerido que alimentos poderiam ser comercializados com uma nova etiqueta de “melhor consumir até”, similar ao “best before” utilizado em alguns países, permitindo que produtos fossem vendidos mesmo após a data de validade se ainda estivessem em boas condições. Este conceito foi rapidamente explorado pela oposição e por influenciadores nas redes sociais, que levantaram preocupações sobre segurança alimentar e qualidade dos produtos.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) havia defendido a mudança, argumentando que poderia gerar economia e ajudar a combater a inflação dos alimentos. No entanto, o ministro Rui Costa (Casa Civil) anunciou que o governo não via “possibilidade” de adotar a medida, citando que não faz parte da “cultura e prática do Brasil” vender alimentos com a validade ultrapassada.
A decisão de recuar foi influenciada por posts em redes sociais, onde usuários expressaram preocupação sobre a possibilidade de consumir alimentos potencialmente inseguros, além de críticas à intenção do governo de “fazer a população consumir alimentos vencidos” ou “fazer pobre comer comida velha”. A oposição aproveitou para explorar o tema, sugerindo que a medida era uma forma de passar prejuízos aos consumidores mais vulneráveis.
Este episódio reflete a influência crescente das redes sociais na formulação de políticas públicas, onde a opinião pública pode rapidamente moldar ou alterar decisões governamentais. A retirada da proposta também levanta questões sobre como abordar a redução de desperdício de alimentos de maneira que não comprometa a segurança e a confiança do consumidor.
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