Plantar árvores faz bem para os negócios, para o planeta. É esta garantia que palestrantes deixam evidente na terceira edição do seminário “Plantar Árvores em Rondônia é um Grande Negócio”, que iniciou nesta quinta-feira (12), no município de Vilhena.
Durante o evento, o governador Confúcio Moura sancionou a lei que regulamenta o cultivo de florestas para a exploração comercial. O seminário é realizado pelo Governo de Rondônia e tem como objetivo difundir uma nova vertente econômica. Uma iniciativa que apresenta ao setor produtivo as vantagens e o caminho para que a floresta plantada se popularize.
Para governador Confúcio Moura, no momento em que a economia nacional necessita de otimismo e caminhos para a estabilização, Rondônia faz ‘uma pregação profética’. “Estamos anunciando que há um caminho para preservar a natureza e ganhar dinheiro: plantar florestas”, disse.
Acadêmicos de vários cursos, empresários, pequenos produtores e parlamentares recebem, nas instalações da faculdade Avec, informações sobre as vantagens e os benefícios da floresta plantada. Palestrantes revelam iniciativas de sucesso e apontam caminhos que podem resultar em fracasso.
O consultor Paulo de Souza Cardoso defendeu, na noite de quinta-feira, as florestas plantadas, mas advertiu que os produtores devem planejar bem, construir estrutura para o empreendimento e comunicar. Segundo ele, este tipo de projeto precisa ser conhecido para surtir os efeitos necessários.
Paulo Cardoso explicou ainda que a madeira está em tudo o que se faz no cotidiano e que as florestas plantadas são resposta eficaz para estas demandas, inclusive em relação aos efeitos ambientais positivos de que a natureza necessita. “A madeira está nos móveis, no trabalho, no carvão, na alimentação. Mas não nos damos conta disto”, exemplificou.
A deputada estadual Rosângela Donadon chamou de “poupança verde” o plantio de florestas e destacou que um projeto bem executado provoca impactos benéficos em diversos setores, alavancando a economia.
Após elogiar a lei sancionada momentos antes, que desburocratiza o plantio de florestas, Rosângela disse que um produtor da região extraiu 481 toneladas de resina bruta de ‘pinus’, o que rendeu R$ 1 milhão. “É possível, disse ainda, obter mais de 2 mil produtos da madeira e temos a China como destino certo para muitos deles”, concluiu.
“Temos uma legislação moderna, que veio da inspiração do produtor e dos engenheiros florestais. É o que há de mais moderno no país”, Confúcio Moura
Confúcio Moura lembrou que após o período em que a humanidade avançou à custa da destruição do próprio ambiente, lideranças mundiais se voltam para conter estes danos e a floresta plantada é uma das iniciativas mais promissoras neste campo.
O que Rondônia faz, agora, segundo o governador, é apresentar bases atrativas para o setor madeireiro, que já existe, mas precisa ser ampliado. “Temos uma legislação moderna, que veio da inspiração do produtor e dos engenheiros florestais. É o que há de mais moderno no país”, acrescentou.
Ele destacou também que há infraestrutura para atender a produção. “Temos boas rodovias, estradas vicinais trafegáveis e 600 máquinas para fazer os serviços necessários. Há, ainda, o rio Madeira como outra vertente para o transporte”, acentuou.
Palestrantes mostraram que Rondônia oferece condições que outras regiões não têm para o plantio de florestas. O sol abundante e a qualidade das terras, fazem com que a produtividade seja maior e precoce.
Os produtos resultantes de florestas de pinus e eucalipto foram apresentados aos participantes e produtores levaram, com o resultado de seu trabalho, o entusiasmo diante da lei que regula o setor.
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