João criticou duramente o protesto realizado por policiais civis, militares e penais e diz que movimento é politizado; Os policiais protestam por reajustes e pela equiparação com a média salarial do Nordeste
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O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), inicialmente criticou duramente o protesto realizado por policiais civis, militares e penais na sexta-feira (14), acusando o movimento de ter uma forte conotação política. No entanto, após a repercussão de suas declarações, Azevêdo recuou e anunciou uma reunião de negociação com os representantes dos policiais para esta quinta-feira (20).
A declaração inicial do governador, feita durante o programa Conversa com o Governador, chamou a atenção ao afirmar que parlamentares estavam se aproveitando das demandas dos policiais para fins políticos. Ele destacou que alguns deputados presentes no protesto nunca haviam destinado emendas para a Segurança Pública do estado, sugerindo uma politização indevida do movimento.
“Eu sinto muito quando se politiza uma pauta como essa. Algumas associações têm transformado uma reivindicação que é administrativa, envolvendo, inclusive, de uma forma muito direta, parlamentares estaduais e da bancada federal, que nunca sequer colocaram um único centavo para a segurança pública do estado”, afirmou Azevêdo.
A crítica foi dirigida especialmente a deputados da oposição, como o senador Efraim Filho e os deputados Cabo Gilberto Silva e Sargento Neto, que participaram do ato. Os policiais protestam por reajustes salariais e pela equiparação com a média salarial do Nordeste.
Após o impacto das declarações, o governador adotou uma postura mais conciliatória, anunciando uma reunião para discutir as reivindicações. “Temos uma reunião na quinta-feira e receberemos aqueles que quiserem dialogar. Nós não vamos receber quem não quer dialogar. É preciso respeito para que seja possível manter uma boa relação”, disse, indicando uma abertura para o diálogo.
A mudança de tom de Azevêdo reflete as pressões políticas e sociais sobre a gestão do estado, especialmente em uma área sensível como a segurança pública. A reunião de quinta-feira será um teste para a disposição de ambas as partes em encontrar um consenso e avançar nas negociações.
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