Governador da Paraíba defende Lula após críticas a Israel por comparação com Holocausto

João Azevêdo disse que acredita que Lula “se expressou de maneira equivocada”

O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (19), após críticas internacionais por comparar a morte de civis palestinos em Gaza com o Holocausto.

Em entrevista à Rádio Correio FM, Azevêdo disse que acredita que Lula “se expressou de maneira equivocada”, mas que não quis comparar as duas situações. “São coisas completamente diferentes, o holocausto e o que está acontecendo hoje na faixa de Gaza”, afirmou o governador.

Azevêdo disse que Lula “vinha com uma linha muito clara” de condenar o ataque do Hamas e a desproporcionalidade da resposta de Israel. “É claro que são situações absolutamente diferentes”, disse.

Em entrevista coletiva durante viagem oficial à Etiópia, Lula classificou as mortes de civis em Gaza como genocídio e disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

As declarações de Lula geraram forte reação de Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a fala do presidente brasileiro equivale a “cruzar uma linha vermelha”. “As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, afirmou Netanyahu.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou Lula persona non grata em seu país. “Nós não perdoaremos e não esqueceremos – em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que se desculpe e se retrate por suas palavras”, disse Katz.

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