Ex-secretário do Procon anuncia ação judicial contra indicação da filha de Galdino ao TCE-PB

Ex-vereador questiona legalidade da nomeação de Alanna Galdino, filha do presidente da ALPB, Adriano Galdino, para vaga de conselheira no Tribunal de Contas da Paraíba

Da Redação

O ex-secretário do Procon Municipal de João Pessoa e ex-vereador da capital, Helton Renê, declarou nesta quarta-feira (19), que pretende ingressar com uma ação judicial para contestar a indicação de Alanna Galdino ao cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). A nomeação de Alanna, filha do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), foi formalizada pelo governador João Azevêdo (PSB) na terça-feira (18), após aprovação por 31 votos na ALPB.

“Me manifesto em respeito aos meus seguidores e a quem espera de mim o mínimo de postura. Nada pessoal contra quem quer que seja, contra a candidata escolhida e nem contra o deputado [Adriano Galdino], mas uma candidata única e ainda mais sem sabatina dos deputados, para um cargo que naturalmente seria disputado por muita gente, no mínimo, soa estranho”, afirmou.

Helton Renê argumenta que a indicação pode ferir princípios constitucionais, como a impessoalidade e a moralidade na administração pública, devido à relação familiar entre Alanna e Adriano Galdino. Ele informou que a ação será protocolada nos próximos dias no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), buscando anular o processo de escolha conduzido pela ALPB. “Não podemos aceitar que indicações a cargos tão relevantes sejam tratadas como projetos familiares”, afirmou o vereador em entrevista a portais locais.

A nomeação de Alanna, de 38 anos, ocorreu sem concorrentes, após ela receber o apoio de 34 dos 36 deputados estaduais. O único voto contrário na sessão de terça-feira foi do deputado Walber Virgolino (PL), enquanto Adriano Galdino optou por se abster. O caso já vinha gerando críticas por parte de setores da oposição e da sociedade civil, que apontam falta de transparência e questionam a experiência profissional da indicada para o cargo vitalício, cujo salário é de R$ 39.717,68 mensais.