Ex-funcionário do Hospital Padre Zé acusa padre Egídio de conivência em vendas de celulares

“Estão me incriminando por um furto de R$ 525 mil reais. A justiça teve acesso a todas as minhas contas, e esse dinheiro não está lá. O padre estabeleceu um valor específico para cada modelo de celular”, afirmou Samuel

Da Redação

João Pessoa, 22 de outubro de 2023 Samuel Rodrigues Cunha Segundo, ex-funcionário de Padre Egídio, veio a público neste sábado (21) para dar uma entrevista coletiva à imprensa, na qual alegou que Padre Egídio estava ciente e consentiu nas vendas dos celulares envolvidos no caso de furto investigado no Hospital Padre Zé.

“Estão me incriminando por um furto de R$ 525 mil reais. A justiça teve acesso a todas as minhas contas, e esse dinheiro não está lá. O padre estabeleceu um valor específico para cada modelo de celular”, afirmou Samuel.

Ex-funcionário de Padre Egídio, Samuel Rodrigues Cunha

Durante a entrevista, Samuel divulgou prints de conversas com Padre Egídio, que segundo ele, comprovam as negociações das vendas dos celulares. “As negociações só foram feitas com a autorização dele”, completou.

Samuel Segundo, que fazia parte do departamento de Tecnologia da Informação do Hospital Padre Zé, foi dispensado por justa causa da instituição de saúde no início de setembro. Sua demissão ocorreu após uma denúncia feita pelo Padre Egídio de Carvalho Neto à Polícia Civil, acusando Samuel de ter furtado aparelhos celulares doados pela Receita Federal ao Hospital Padre Zé.

“O padre me chamou para ir a sua sala e pediu para que eu pesquisasse o valor dos celulares através da Receita Federal, para estabelecer um valor de mercado. Ele deixou claro que não haveria problema caso eu conseguisse negociar um valor à parte”, relatou Samuel.

Samuel alegou que não ocorreu um furto e que Padre Egídio deu autorização para a venda dos 270 aparelhos eletrônicos que estavam na sua sala, com o valor sendo entregue em dinheiro a ele. Além disso, durante a entrevista, Samuel afirmou que vendeu os aparelhos apenas por ser um funcionário que seguia ordens.

Segundo o ex-funcionário do hospital, Padre Egídio teria recebido cerca de R$ 200 mil em dinheiro pela venda dos celulares, enquanto ele teria recebido aproximadamente R$ 20 mil. A transação teria ocorrido no apartamento à beira-mar de Cabo Branco, em João Pessoa.

As alegações de Samuel lançam uma nova luz sobre o caso em andamento e levantam questões sobre a participação do Padre Egídio nas vendas dos celulares, o que pode ter impacto nas investigações em curso.

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