De janeiro a março foram comercializados 1 milhão de feature phones e 9,3 milhões de smartphones; Número é 32,9% menor do que apresentado no mesmo período de 2015.
Entre os meses de janeiro e março de 2016 foram comercializados 10.3 milhões de celulares no Brasil, sendo 9.3 (89,8%) smartphones e 1 milhão (10.2%) feature phones. Os dados fazem parte do estudo IDC Mobile Phone Tracker Q1, realizado pela IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Quando comparados com o mesmo período do ano passado, os números representam, em unidades, queda de 32,9% no mercado total, 34,4% em smartphones e 15,7% em feature phones. Em receita, os smartphones movimentaram R$ 9.2 bilhões, ou seja, 6,1% a menos do que no primeiro trimestre de 2015.
De acordo com Diego Silva, analista de pesquisas da IDC Brasil, desde 2015 o mercado de celulares passa por diversas transformações, mas duas delas se destacam: “a maioria dos usuários já está na segunda ou terceira compra. Isso faz com que os fabricantes alterem seus portfólios e passem a oferecer celulares com especificações técnicas superiores. Outro ponto é a oscilação do dólar, que obriga o fabricante a repassar os preços mais altos aos consumidores finais”, conta.
O estudo da IDC mostra também que o ticket médio dos smartphones no primeiro trimestre de 2016 subiu para R$ 1139,23, enquanto no mesmo período do ano passado era de R$ 790,52. “Duas faixas de preços tiveram crescimento. A de valores entre R$ 1 mil a R$ 1299 cresceu 321,9%, e a acima de R$ 3 mil teve um aumento de 110,6%. Há um ano, por exemplo, os aparelhos com valores entre R$1 mil e R$ 1299 representavam 4,4% do total do mercado. Hoje, representam 28,4%”, completa o analista da IDC.
No segmento de feature phones, as vendas de 1 milhão de aparelhos no primeiro trimestre de 2016 acompanha o movimento de queda observado em 2015, quando, no ano todo, foram comercializadas 4,2 milhões de unidades. Segundo Silva, isso reflete também na operação dos fabricantes de celulares. Existe uma concentração de players no mercado de feature phones. Em 2013 tínhamos dez grandes fabricantes. Hoje, temos quatro, que representam 95% do total de aparelhos vendidos”.
Para 2016, a IDC Brasil prevê queda de 17% no mercado total de celulares e de 16% apenas no segmento de smartphones. “Muitos fabricantes estão passando por dificuldades no país e não investirão em lançamentos. Isso impacta agressivamente o mercado, mas por outro lado abre espaço para players menores atuem com mais força. Não podemos esquecer que 35% da população ainda vai adquirir o primeiro smartphone”, finaliza Diego Silva.
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