Estudantes de Goiás resistem à reintegração de posse de escolas

Estudantes secundaristas que ocupam escolas da rede pública em Goiás divulgaram nota afirmando que não se sentiram intimidados pelas liminares concedidas na última sexta-feira (22) por juízes das comarcas de Aparecida de Goiânia e de Anápolis, determinando a reintegração de posse das escolas ocupadas nos dois municípios.

“Deixamos claro que esta reintegração de posse não nos intimida”, diz um trecho da nota. “Temos clareza de que nossa causa é justa e resistiremos até o último momento em nome dela. Não tem arrego! Ocupar, Resistir! Só a luta muda!”, finaliza a nota publicada na página do Facebook, Secundaristas em Luta – GO, usada pelos estudantes para dar informações sobre as ocupações.

Os estudantes ocupam as escolas em protesto à proposta do governo estadual de fazer com que organizações sociais cuidem da administração e infraestrutura das escolas e possam também contratar professores e funcionários administrativos. O quadro atual de concursados será mantido, mas novos profissionais podem ser escolhidos pelas organizações. Para um grupo de estudantes e professores, a decisão foi tomada sem diálogo com a comunidade escolar.

O projeto-piloto do novo modelo de gestão das escolas começará por 23 unidades da Subsecretaria Regional de Anápolis, que compreende também os municípios de Abadiânia, Alexânia, Campo Limpo de Goiás, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Goianápolis, Nerópolis, Ouro Verde, Petrolina de Goiás, Pirenópolis e Terezópolis de Goiás.

De acordo com a Secretaria de Educação, as escolas continuarão “100% públicas e gratuitas”. O objetivo do novo modelo, segundo o governo, é dar maior eficiência e melhorar a qualidade das unidades, que terão as estruturas melhoradas e manutenção constante.

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