Erro médico grave: Hospital de Trauma de Campina Grande opera a perna errada de criança de seis anos

Equipe médica é afastada e sindicância é aberta para apurar o incidente

Da Redação

Na noite dessa quinta-feira (25), uma equipe do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, ligado ao Governo da Paraíba, cometeu um erro médico considerado grave ao operar a perna errada de uma menina de seis anos de idade. A situação causou consternação e resultou no afastamento imediato de todos os profissionais envolvidos no caso pela diretoria da unidade hospitalar.

A criança foi inicialmente admitida no Hospital Universitário de Campina Grande, sendo posteriormente transferida para o Trauma devido a um quadro clínico de celulite infecciosa na perna esquerda, que exigia uma intervenção cirúrgica invasiva com a colocação de pinos.

Durante o procedimento cirúrgico, a mãe da criança notou com desespero que a perna operada era a direita, quando, na realidade, o problema residia na perna esquerda. Diante do erro identificado, a menina teve que retornar ao centro cirúrgico para a intervenção correta.

Após a confirmação do equívoco, o Hospital de Trauma emitiu uma nota de esclarecimento, anunciando o afastamento da equipe e a abertura de uma sindicância para investigar o ocorrido. O diretor técnico da instituição, Dr. Flávio Daniel, assegurou que as investigações serão conduzidas pelo Núcleo de Segurança do Paciente e pela Comissão de Ética Médica, reiterando o compromisso do hospital em fornecer todo o suporte necessário à criança e à família até sua alta hospitalar.

A tia da paciente, Cristina Costa, lamentou a situação, destacando os problemas de saúde enfrentados pela menina nos últimos meses e criticando a qualidade do serviço oferecido pela unidade hospitalar. Ela ressaltou a necessidade de respostas concretas e justiça por parte da instituição.

O Conselho Tutelar de Campina Grande afirmou que acompanhará de perto o desdobramento do caso, enquanto a família busca entender como um erro médico tão grave pôde ocorrer.

“A sensação é de desamparo total, uma sensação de descrédito total com o cuidado médico”, desabafou Cristina Costa, refletindo sobre a gravidade da situação e a busca por respostas diante do ocorrido.