Equipe médica da maternidade e do bloco cirúrgico do Hospital Materno Infantil de Bayeux é interditada

Falta de médicos e problemas estruturais levam à interdição ética pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba

Da Redação

Bayeux, 18 de janeiro de 2024 – A equipe médica que atua na maternidade e no bloco cirúrgico do Hospital Materno Infantil João Marsicano, em Bayeux, na Grande João Pessoa, foi interditada eticamente pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) a partir desta quinta-feira (18). De acordo com o presidente do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza, a interdição se deve à falta de médicos e problemas estruturais na unidade.

Segundo o diretor geral do hospital, Demócrito Medeiros, os problemas na escala aconteceram por causa da ausência de profissionais por questões de saúde e de foro íntimo dos médicos. “Ficamos com esse déficit de dois dias na escala, a segunda-feira e a sexta-feira, e também um furo na escala do domingo”, explicou.

Demócrito ainda afirmou que o problema foi resolvido na quarta-feira, mas demorou além do prazo dado pelo CRM-PB por causa do pedido de demissão do diretor técnico da unidade, na terça-feira. “Ainda nesta quinta estarei levando as escalas para o CRM-PB, para mostrar que fizemos as adequações necessárias”, disse.

Conforme o CRM-PB, após uma inspeção feita na segunda-feira, 15 de janeiro, foi constatado que a unidade estava sem médicos obstetras e anestesistas. O problema, segundo o órgão, acontece desde novembro de 2023. A prefeitura de Bayeux chegou a contratar uma empresa terceirizada para suprir a deficiência, mas o problema não foi resolvido e, com isso, estavam faltando médicos para os plantões.

Um prazo de 72 horas a partir de segunda-feira foi dado para que o problema fosse sanado. Como a situação não foi resolvida, o CRM-PB resolveu interditar eticamente a maternidade e o bloco cirúrgico da unidade, a partir da 0h desta quarta-feira.

Apesar da interdição em alguns setores, o hospital continua funcionando. Isso ocorre porque, segundo Bruno, a interdição é parcial e não afeta o atendimento clínico à população. A duração da interdição dependerá das providências adotadas e não poderá exceder 60 dias. No entanto, esse prazo pode ser prorrogado caso as medidas necessárias para resolver o problema não sejam implementadas.

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