Empresários brasilienses apostam no e-commerce para vender mais, mostra pesquisa do Instituto Fecomércio

O índice de vendas no mês de agosto deste ano cresceu. O comércio teve crescimento de 23,42% na comparação com julho e o setor de serviços teve acréscimo de 18,08% nas vendas. O setor de turismo, que vinha operando em queda desde o início da pandemia, em março, teve o seu primeiro resultado positivo na capital do País, com crescimento de 1,54%. Os dados são da Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio-DF, com o apoio do Sebrae-DF. O estudo identificou ainda que mais de três quartos (78,06%) dos entrevistados estão inovando e ampliando a divulgação dos seus produtos e serviços em plataformas digitais, tentando aumentar a abrangência da empresa. Foram ouvidos 700 empresários, no período de 1º a 16 de setembro de 2020.

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, explica que os números são animadores. “O e-commerce tem ajudado bastante e vem apresentando crescimento gradativo ao longo dos meses. O empresário que investiu em tecnologia está conseguindo manter um bom fluxo de caixa”, diz. “A pandemia deixou vários segmentos fechados durante meses, o nível de recuperação está satisfatório, mas varia muito de setor para setor. O comércio teve o maior recuo em março e em abril, assim como serviços. O turismo, por outro lado, finalmente mostrou uma reação, mas ainda nos preocupa muito: a Fecomércio-DF, por meio de suas câmaras empresariais está mantendo um diálogo constante com as autoridades para que os danos sejam os menores possíveis”, completa Francisco Maia.

Em agosto, os 17 segmentos do comércio pesquisados, todos registraram crescimento nas vendas: Padaria e Confeitarias (37,58%); Material de Construção (28,50%); Ferragem e Ferramentas (28,24%); Farmácia (27,96%); Comércio Varejista de Bebidas (27,26%); Minimercado, Mercearia e Armazéns (26,52%); Autopeça e Acessórios (24,70%); Suprimento de Informática (23,43%); Calçado (23,04%); Ótica (22,65%); Cosmético e Perfumaria (22,62%); Móveis (22,38%); Artigos de Armarinho, Suvenires e Bijuterias (20,19%); Cama, Mesa e Banho (20,14%); Joalheria (15,78%); Papelarias e Livrarias (14,17%) e Vestuário e Acessórios (12,52%).

No setor de serviços, houve queda em apenas um dos 12 segmentos apurados pelo estudo do Instituto Fecomércio-DF. O que registrou recuo foi: Organização de Feiras, Congressos e Festas (-23,95%). Já os que tiveram crescimento: Bar, Restaurante e Lanchonetes (32,85%); Manutenção de Veículos (32,95%); Manutenção e Serviços em TI (25%); Petshop (24,39%); Promoção de Vendas (21,64%); Atividades de Contabilidade (20,91%); Vidraçaria (17,70%); Atividades de Condicionamento Físico (14,33%); Cabeleireiros (13,40%); Sonorização, Iluminação e Fotografias (9,82%) e Capacitação e Treinamentos (7,11%).

Já no setor de turismo, o segmento de Serviço de Turismo (-13,69%) e Agência de Viagens (-8,80%) foram os que tiveram queda. Hotel (11,33%) e Artigos de Viagem (22,75%) registraram aumento.

Entre as formas de pagamento adotadas pelo consumidor, o destaque em agosto de 2020 ficou para as compras no cartão de crédito, com 43,74% dos pagamentos; e no dinheiro, com 28,42%, que juntos, acumulam um índice de 72,16% da preferência do consumidor.

Pesquisa Conjuntural

Os indicadores aferidos auxiliam na identificação dos segmentos que apresentam o melhor e pior desempenhos, expondo quantitativamente o impacto dos fatores macroeconômicos que influenciaram a economia local, além de monitorar as oscilações do mercado por meio de uma série histórica mensal.

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