Empresário suspeito de abuso sexual infantil é solto após decisão judicial

Bueno Aires, sócio da Fiji Solutions, é liberado após período de prisão temporária relacionado a investigações de abuso sexual infantil; ele também responde processos judiciais que envolvem múltiplas acusações, incluindo crimes financeiros

O empresário Bueno Aires, sócio da empresa Fiji Solutions, foi solto na sexta-feira (11) por decisão da Vara de Infância de Campina Grande, Paraíba. Ele estava sob investigação por abuso sexual infantil e havia tido sua prisão temporária prorrogada em julho, com base em acusações relacionadas a crimes de exploração sexual infantil. A prisão ocorreu após sua transferência do Rio de Janeiro, onde foi inicialmente detido pela Polícia Civil.

O juiz responsável pelo caso considerou que não havia elementos suficientes para manter Bueno Aires em prisão temporária, que estava prevista para terminar na próxima segunda-feira (14). Embora o Ministério Público da Paraíba e a Delegacia de Crimes Cibernéticos tenham solicitado a conversão da prisão em preventiva, o magistrado optou pela soltura do investigado. Bueno Aires terá que cumprir medidas cautelares após ser libertado.

A investigação encontrou imagens de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito nos dispositivos eletrônicos do suspeito. Algumas dessas fotos indicavam possível produção de material, o que levantou preocupações adicionais.

Além das acusações de abuso sexual infantil, Bueno Aires e outros sócios enfrentam outras questões legais. Em abril deste ano, a 2ª Vara Cível de Campina Grande bloqueou R$ 399 milhões da Fiji Solutions a pedido do Ministério Público da Paraíba. Também foram apreendidos CNHs e passaportes dos envolvidos para evitar possíveis fugas do país.

O empresário e seus sócios são suspeitos de aplicar golpes milionários em clientes que firmaram contratos de criptomoedas com a empresa. Além disso, a Fiji Solutions foi alvo de uma operação da Polícia Federal em junho, relacionada a suspeitas de crimes contra o sistema financeiro. Nessa operação, três pessoas foram presas e oito mandados de busca foram cumpridos. O montante de criptoativos movimentado pelos investigados nos últimos três anos chega a cerca de R$ 600 milhões, segundo a Polícia Federal.