Magistrada argumenta que gesto pode ser interpretado de forma diversa e não há provas de discurso de ódio no vídeo
Da Redação
A Justiça Eleitoral indeferiu, nesta quarta-feira (21), a ação movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Campina Grande contra o candidato a prefeito Artur Bolinha (PL), que o acusava de realizar um gesto supostamente ligado a ideologias supremacistas em um vídeo. A decisão foi tomada pela juíza Daniela Falcão de Azevêdo, da 17ª Zona Eleitoral, às 22h08.
No despacho, a juíza destacou que, apesar de o gesto mencionado ter sido apropriado por grupos supremacistas, seu uso histórico como um sinal de aprovação ou “ok” não pode ser desconsiderado. Segundo a magistrada, conforme apontado pela Liga Anti-Difamação (ADL), o gesto é majoritariamente entendido como um símbolo positivo, e é necessário ter cautela ao analisar a intenção por trás de seu uso.
A decisão sublinha que o vídeo em questão não contém falas ou elementos contextuais que possam ser associados a discursos de ódio. “A priori, o vídeo com símbolo de ‘ok’, sem nenhuma fala associada ou contexto ligado a discurso de ódio, não remete, nesse momento processual, à conclusão para prática de ilícito”, afirmou a juíza em seu parecer.
Ao concluir, a magistrada enfatizou que não há provas suficientes para associar inequivocamente o gesto ao discurso de ódio ou a ideologias racistas, resultando na rejeição da ação movida pelo PSOL contra Artur Bolinha.
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