Efraim Filho defende sua independência no Senado e questiona cobranças do presidente Lula

Senador do União Brasil afirma que presidente não pode exigir alinhamento e destaca autonomia do Legislativo em 2025

Da Redação

O senador Efraim Filho (União Brasil-PB), líder do partido no Senado, declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “não tem o direito de cobrar nada” do Congresso Nacional. A afirmação foi feita em entrevista ao Correio Debate da 98FM, em resposta às pressões do governo federal por apoio a pautas prioritárias, como a PEC da Segurança Pública. Efraim enfatizou a independência do Senado, argumentando que a relação com o Executivo deve ser de diálogo, não de subordinação.

“Lula não tem o direito de cobrar nada. O Senado é um poder independente, e nossa função é legislar no interesse do povo brasileiro, não atender a demandas do Palácio do Planalto como se fossemos subordinados”, disse Efraim. Ele destacou que o União Brasil, com três ministérios na gestão Lula, mantém uma postura crítica quando necessário, priorizando a estabilidade econômica e a geração de empregos. “Apoiamos o que é bom para o Brasil, mas não vamos ser carimbadores de ordens”, completou.

Efraim também lembrou das eleições de 2022, quando se elegeu senador. “Lula veio à Paraíba pedir voto pra Ricardo Coutinho, não tem o direito de me cobrar. Quem define minhas escolhas no Senado é o povo da Paraíba, a esse que eu devo. Como aqui não veio líder A e nem líder B pedir por mim, então eu tenho a independência necessária para poder tomar as minhas decisões.”, disse Efraim.

A declaração ocorre em um momento de tensões entre o governo e o Congresso, especialmente após a queda na aprovação de Lula, registrada em 22% pelo PoderData, e críticas à condução econômica. Efraim já havia defendido em 2023 a autonomia do Banco Central, medida aprovada no governo Bolsonaro, como essencial para o controle da inflação, posição que diverge de setores do PT. O senador sinalizou que o União Brasil seguirá avaliando as propostas de Lula caso a caso, mantendo sua influência no Senado, onde o partido tem sete cadeiras.

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