A gestação causa uma série de mudanças físicas e hormonais para que o bebê se desenvolva: o corpo cresce, ganha peso, as taxas de progesterona aumentam e com ela surgem enjoos, alteração de humor e outros efeitos colaterais
Com todas essas transformações, a dor é um fator que pode acompanhar a gestação. No Dia da Gestante, lembrado em 15 de agosto, Yara Leite, gerente de enfermagem do Hospital Bom Pastor, em Guajará-Mirim (RO), explica mais sobre as dores na gravidez.
“Dores nas costas, nos pés e na barriga são comuns durante a gestação. Até a décima semana, essas dores são causadas pela produção hormonal e aumento do útero”, explica a profissional da Pró-Saúde, gestora hospitalar do Bom Pastor.
Cansaço, estresse, sedentarismo e ganho de peso aumentam as queixas, mas apesar disso, há algumas dores que rodeiam boa parte das gestantes. Veja a seguir quais são elas e como superá-las.
Conheça as 6 principais dores na gravidez
1. Dor de cabeça: com o aumento da produção de hormônio, podem surgir dor de cabeça e enxaqueca. Além disso, alterações na postura e sobrecarga na coluna também causam as dores. “Quando a dor se concentra na nuca ou na testa, pode indicar sinais de pré-eclâmpsia ou hipertensão. Nesse caso, a gestante deve procurar ajuda médica imediata”, ressalta Yara.
O que fazer: uso de compressa fria, sono equilibrado, prática de exercícios leves. Evitar gatilhos como estresse e odores fortes também são formas de evita a dor de cabeça.
2. Cólica: o desconforto é comum nas primeiras e últimas semanas da gestação. “O útero realiza contrações para comportar a placenta, o que causa as cólicas”, explica a enfermeira. Contudo, se a dor é muito forte ou é acompanhada de sangramento, pode ser um indício de infecção urinária ou outros problemas, e requer atendimento médico.
O que fazer: é importante manter repouso. Compressas quentes e hidratação ajudam a aliviar as cólicas.
3. Dor nas costas: a partir do sétimo mês, com o peso da barriga e aumento do abdômen e das mamas, o tronco da gestante é projetado para frente, causando tensão muscular na região e consequente dor nas costas e lombar. A dor deve ser motivo de preocupação médica quando for aguda, de um lado só ou acompanhada de febre.
O que fazer: compressas de água quente ajudam, mas a melhor maneira de aliviar a dor é equilibrando a postura. Fisioterapia, pilates e caminhadas leves podem ser de grande auxílio.
4. Dor de dentes: conhecida como gengivite gravidícia, a sensibilidade das gengivas aumentam a partir do segundo mês de gestação. Ao escovar os dentes e usar fio dental as gengivas podem sangrar. Se a dor aumentar ou atingir os dentes é importante realizar uma consulta com o dentista.
O que fazer: manter a higienização bucal com uma escova de cerdas macias já ajuda no tratamento e alívio da dor. Caso necessário, o dentista pode prescrever analgésicos.
5. Dor nos braços e pernas: com o peso da gravidez, os membros inferiores e superiores também podem ser afetados pela sobrecarga. Ao mesmo tempo, o inchaço nessas regiões é causado pela retenção de líquido, causando dor e incômodo nas articulações.
O que fazer: elevar as pernas, deixar os pés submersos em água fria, usar meias de compressão e roupas leves ajudam a aliviar o inchaço. As dores podem ser combatidas logo no início da gravidez com atividades leves.
6. Sensibilidade nos seios: o aumento de hormônios, aliado ao crescimento dos seios ao longo da gestação, deixa os mamilos e seios sensíveis, principalmente, a partir do segundo mês. Se a dor vier acompanhada de vermelhidão e calor, pode ser sinal de uma inflamação.
O que fazer: a dor pode ser amenizada com o uso de sutiãs específicos para gestantes, sem bojo e com sustentação reforçada.
Pertencente à Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, o Hospital Bom Pastor é referência assistencial em obstetrícia, pediatria, ginecologia, clínica médica e cirúrgica, possuindo ainda estrutura voltada especialmente para a assistência à população indígena.
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