* Janine Brito
Passada a euforia da Copa do Mundo, é chegado o momento de colocar os pés no chão e tomar consciência da dimensão da nossa responsabilidade enquanto cidadãos. A hora da verdade se aproxima e vamos às urnas, mais uma vez, decidir o país que queremos para os próximos quatro anos.
Dizem que o brasileiro não sabe votar, mas é sabido que temos pagado um preço bem alto pela nossa falta de experiência e maturidade na hora de exercermos o sagrado direito ao voto. Existem candidatos para todos os gostos
e estilos, que terão a oportunidade de apresentar suas propostas tanto nas propagandas eleitorais gratuitas na televisão quanto nos debates.
Na minha opinião, um dos fatores mais importantes na escolha daqueles que irão nos representar é a Ficha Limpa, onde avaliamos o histórico pessoal e político do candidato. Outro ponto que precisa ser levado em conta é a afinidade de pensamento. Se você é a favor da Reforma Tributária, por exemplo, vai escolher o candidato de acordo com os argumentos dele e, obviamente, uma pessoa que pense diferente não terá muita chance com você.
Para mim, o preparo acadêmico do candidato é fundamental. Chega de lidarmos com a demagogia, a corrupção e a incompetência. Quero torcer por aqueles que já têm uma vida de realizações e sucesso, ainda que privada, mas que possa nos dar a esperança de um mandato salutar, confiável e de bons resultados, seja no Executivo, seja no Legislativo.
Prometer menos, então, é um bom sinal? Tudo é uma questão de ponto de vista. Estamos, sim, cansados de tantas promessas vazias. Os representantes políticos que “prometem mundos e fundos” tornam a política cada vez mais desacreditada pelo povo, dada a incoerência ideológica. Afinal, não é difícil se deparar com as ditas imparidades na hora de colocar em prática. Certa vez deparei-me com um candidato que propunha mudar o texto Constitucional, quando ele era candidato à Câmara Distrital. Tenhamos bom senso e bons ouvidos para saber a perspectiva do postulante.
Somos, enfim, convidados a uma análise da situação política de agora e do futuro. Não poderemos falar com propriedade dos candidatos, se não conhecermos a fundo suas propostas para as áreas da economia, da educação, da infraestrutura, da saúde e da segurança, e, sobretudo, a sua visão de solução para problemas imediatos.
Na condição de brasileira e empresária, pertencente ao Setor Produtivo do DF, eu prezo pela consciência na hora do voto. Quero acompanhar com bastante atenção o que sucederá das urnas em relação aos Palácios do Buriti e Planalto. Nós, empresários, que fazemos o possível para destravar a economia do país, queremos representantes que façam mais e falem menos.
* Diretora executiva da Ferragens Pinheiro
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