Termo de resolução assinado pelos dois Executivos visa ao melhor aproveitamento de recursos financeiros e humanos. Parceria vai beneficiar 4,4 milhões de habitantes
O documento define três eixos prioritários para a cooperação: vigilância entomológica, controle de vetores e zoonoses; atenção básica; e vigilância epidemiológica. No primeiro, estão previstos, por exemplo, repasse de informações da pasta de Saúde goiana à brasiliense, tais como bairros com maior circulação viral e áreas não cobertas; apoio na oferta de recursos humanos para forças-tarefa, incluindo efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar; e definição de cronograma para trabalhos em campo.
Padronização
No quesito atenção básica, haverá reforço nas atividades de mobilização social. Serão intensificadas, entre outras, ações de manejo ambiental para remover material — pneus, latas, plantas — que acumula água, um dos fatores que propiciam o surgimento de focos de larvas do mosquito. “Será adotado procedimento padrão para as ações dos agentes de saúde, com estabelecimento de rotinas para inspeção de imóveis”, cita o chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Pandemias, da Secretaria de Saúde do DF, Ailton Domício.
Na terceira prioridade, a vigilância epidemiológica, a formalização da parceria entre os dois Executivos traz definições tais como a comunicação instantânea, por telefone, para casos de zika vírus e doenças com necessidade de tratamento imediato; a criação de canais estreitos de comunicação entre as unidades de vigilância das duas secretarias; e o desenvolvimento de ações educativas em saúde.
A parceria vai beneficiar 4.428.326 habitantes (dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) — população estimada do Distrito Federal e dos 19 municípios goianos que fazem parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno: Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás e Vila Boa.
O trabalho conjunto não implicará custos ao governo de Brasília, pois não há previsão de recursos adicionais aos já existentes nos orçamentos das secretarias de Saúde distrital e goiana.
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