CNU registra abstenção acima de 50%, mas reúne pouco mais de 1 milhão de candidatos

Ministra Esther Dweck destaca participação expressiva no maior concurso da história do Brasil, apesar de alta abstenção

Brasília, 19 de agosto de 2024 – A ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, fez um balanço preliminar sobre o comparecimento ao Concurso Público Nacional Unificado (CNPU) realizado no domingo (18). Cerca de 1 milhão de pessoas participaram do certame, que registrou uma abstenção superior a 50%, com 2,14 milhões de inscritos.

Segundo a ministra, essa taxa de abstenção era esperada, comparando-se a concursos de grande porte. “O percentual está dentro da nossa expectativa, alinhado com outros concursos desse tamanho,” disse Dweck, destacando que o Distrito Federal teve a menor taxa de faltas, enquanto o Ceará apresentou a maior.

A ministra apontou que o maior índice de abstenção ocorreu entre os candidatos a vagas de nível médio, com destaque para o bloco 8, que tinha a maior concorrência. Em contrapartida, os candidatos de nível superior compareceram em maior número, com o menor índice de abstenção registrado no bloco 3, voltado para áreas ambientais, agrárias e biológicas.

Esther Dweck comemorou a presença de 1 milhão de participantes, reforçando a importância do CNPU como o maior concurso já realizado no país, com a intenção de refletir a diversidade brasileira no serviço público. “Nosso objetivo era dar uma nova cara ao serviço público brasileiro, incorporando a grande diversidade do país,” afirmou.

O concurso, que foi realizado em 228 cidades, ofereceu 6.640 vagas em 21 órgãos federais. As provas, inicialmente marcadas para maio, foram adiadas devido às fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Apesar disso, a ministra não acredita que o adiamento tenha impactado significativamente a taxa de abstenção.

Cerca de 500 candidatos foram eliminados por violar regras do edital, como sair da sala com o caderno de questões. No entanto, Dweck assegurou que não houve vazamento de provas. O advogado-geral da União, Jorge Messias, também destacou a baixa judicialização do certame, o que reforça a confiança na correção do processo.

O caderno de questões foi disponibilizado na noite de domingo, com o gabarito preliminar previsto para terça-feira (20) e o resultado final programado para 21 de novembro.