Cícero Lucena e Lucas Ribeiro acompanham João Azevêdo em pré-campanha no interior da Paraíba

Pré-candidatos do Progressistas ao governo em 2026 intensificam agendas no Sertão e Cariri, articulando bases aliadas com o governador

Da Redação

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, e o vice-governador Lucas Ribeiro, ambos do Progressistas (PP) e pré-candidatos ao governo da Paraíba nas eleições de 2026, têm acompanhado o governador João Azevêdo (PSB) em agendas pelo interior do estado, em um movimento de pré-campanha para fortalecer suas bases políticas. As visitas, concentradas em regiões como Sertão e Cariri, incluem inaugurações, reuniões com prefeitos e eventos partidários, visando consolidar alianças dentro da federação União Progressista, formada por PP e União Brasil.

Lucena, reeleito em 2024 com 63,91% dos votos, participou de eventos em cidades como Patos, onde elogiou investimentos estaduais de R$ 210 milhões, e Alcantil, ao lado do prefeito Cícero do Carmo (MDB) e do deputado federal Mersinho Lucena (PP), em abril. Sua estratégia foca em ampliar a influência fora da capital, destacando sua experiência como ex-governador e senador. Ribeiro, por sua vez, esteve com Azevêdo em vários municípios do Sertão, além de eventos como a inauguração de uma subestação da Energisa em João Pessoa, reforçando seu papel como possível sucessor caso Azevêdo dispute o Senado.

O presidente do PP na Paraíba, Enivaldo Ribeiro, afirmou recentemente que não há disputa interna, mas esclareceu que a escolha do candidato dependerá da decisão de Azevêdo: Lucas Ribeiro seria o nome natural se assumir o governo, enquanto Cícero lideraria se Azevêdo permanecer no cargo. A intensificação das agendas, porém, evidencia a concorrência velada entre os dois, com Lucas contratando a agência Mosh para sua comunicação e Cícero articulando com lideranças como Nabor Wanderley (Republicanos) em Patos.

A federação União Progressista, que reúne 109 deputados federais e 14 senadores, busca unificar o grupo, mas a indefinição sobre a liderança estadual, postergada para março de 2026, mantém a tensão. Azevêdo, que decidirá sobre o Senado até 3 de abril de 2026, elogiou as movimentações de ambos, chamando-as de “naturais” no contexto político.