“Ainda acreditamos que todas as partes devem cumprir seus compromissos e implementar o acordo”, respondeu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, ao ser perguntado sobre o decreto assinado ontem por Trump, em que busca a independência energética do país e criar empregos, acabando com as políticas ambientais e com o legado de Obama sobre a mudança climática.
O porta-voz reafirmou, em entrevista, o compromisso da China com o clima e afirmou que o gigante asiático está “decidido” a cumprir suas obrigações “cem por cento”.
Lu Kang lembrou que o Acordo de Paris, que Trump ameaçou abandonar, não foi fácil de conseguir. “É um marco na campanha global” contra a mudança climática, ressaltou.
“Todas as partes (envolvidas) deram contribuições positivas, incluindo a China e os Estados Unidos”, acrescentou.
O porta-voz afirmou ainda que a China não será afetada pelo que fizerem outros países. “Tanto se seguirem comprometidos como se não seguirem, a China está decidida a cumprir os objetivos”.
O governo chinês continuará trabalhando com outras nações para fomentar o diálogo e tratará de aumentar seus esforços para conseguir um desenvolvimento econômico “verde”, com baixo consumo de energias poluentes como o carvão, disse.
O porta-voz se recusou a comentar se o presidente da China, Xi Jinping, tratará desse assunto durante o primeiro encontro com Trump, que deve ocorrer na semana que vem nos Estados Unidos, embora ainda não tenha sido anunciado oficialmente.
“Por enquanto, não tenho informação a dar”, limitou-se a dizer Lu Kang.
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