São Paulo (SP) – Pouca gente sabe, mas o câncer de cabeça e pescoço é o segundo tipo da doença com maior frequência nos homens no Brasil com idade entre 40 e 69 anos, com 17,5 mil casos por ano, de acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para 2016 – só perde para o de próstata, com 61,2 mil. As principais causas para o aparecimento dos carcinomas é a combinação do cigarro com álcool e, nos últimos anos, ao papiloma vírus humano (HPV). Para conscientizar a população sobre este problema de saúde foi criado no dia 27 de julho, o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, a Campanha Julho Verde.
Para identificar esse tipo de câncer, o paciente precisa se atentar a alguns sintomas como aftas na língua, feridas e manchas vermelhas ou brancas na boca, dor na garganta e rouquidão por mais de 21 dias.
“O cigarro e ingestão de bebidas alcoólicas são fatores de risco que multiplicam em até 20 vezes as chances de desenvolvimento da doença nessa região. Além disso, a infecção por papilomavirus (HPV) tem aumentado nas últimas décadas principalmente na garganta (orofaringe) e está associada ao contato sexual”, alerta a chefe do serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Jossi Ledo Kanda, os dados são alarmantes.
A maior incidência em homens, não exclui a manifestação da doença em mulheres. No caso delas, o câncer se manifesta principalmente na glândula tireoide.
“Se um nódulo aparece no pescoço, não some em até 2-3 semanas, endurece e cresce rápido, há chances de ser um câncer na região. A rapidez no diagnóstico garantirá maior chance de cura desse paciente”, comenta a médica.
São opções de tratamento: a cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A decisão pelo método para tratamento dependerá do estado de saúde do paciente, estágio e localização exata da doença.
Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.400 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano.
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