Nos últimos anos, o banco se tornou o principal operador dos programas sociais do GDF. Além disso, expandiu a clientela e ampliou a rede de atendimento, como explica o presidente da instituição, Paulo Henrique Costa
O BRB passou por uma grande transformação nos últimos quatro anos. De banco regional focado em empréstimo consignado, passou a principal agente de fomento do Distrito Federal, rompeu as fronteiras do DF e assumiu a liderança em várias frentes importantes, como o crédito imobiliário. “Orientados pelo governador Ibaneis Rocha, fizemos um trabalho de transformar o BRB para que ele pudesse, de fato, como banco público que é, promover o desenvolvimento econômico, social e humano. Percorremos um belo caminho e ainda há mais para crescer e ajudar a população do Distrito Federal”, afirmou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, à Agência Brasília. Confira abaixo a entrevista completa.
AGÊNCIA BRASÍLIA – O BRB atuou em várias frentes nos últimos quatro anos. Hoje, é um novo banco. Como foi esse trabalho, em especial na área social?
Paulo Henrique Costa – Por orientação do governador, transformamos o BRB no principal operador dos programas sociais do GDF. O BRB operacionalizou o pagamento de benefícios sociais para 275 mil famílias entre 2019 e 2022. No período, o valor creditado aos beneficiários chegou a R$ 1 bilhão. Foram mais de 4 milhões de benefícios.
AB – Há dois anos, o BRB assumiu a liderança do crédito imobiliário do DF. Como isso foi possível?
PHC – Revisamos os processos, promovemos a desburocratização, ofertamos as melhores da taxas e condições do mercado e, há dois anos, somos os líderes no DF. Atualmente, o BRB tem 44% de market share. No Brasil, já ocupamos a sexta posição no ranking de concessão de financiamento imobiliário.O BRB também superou a marca de R$ 1 bilhão, em 2022, na concessão de plano empresário, crédito destinado ao financiamento à produção imobiliária, colaborando na promoção da geração do emprego e renda. O montante é recorde e representa um crescimento de 92,8% na comparação com 2021.
“Em 2019, o BRB valia R$ 900 milhões e hoje o valor de mercado é R$ 6,3 bilhões”
AB – O senhor poderia falar sobre como o BRB rompeu a marca de 5 milhões de clientes?
PHC – Apesar do foco social, o banco também não perdeu de vista a área negocial. Saiu de pouco mais de 675 mil clientes em dezembro de 2018 para terminar 2022 com mais de 5,1 milhões de clientes. Para chegar a essa marca, firmamos parcerias estratégicas importantes, investimos em tecnologia, revisamos nosso modelo de atendimento, focamos em inovação e levamos o nome de Brasília e do Brasil para o mundo. Atualmente, o BRB tem presença em 5.150 dos municípios do país e clientes em todos os continentes. O BRB também ficou mais digital. Hoje, mais de 90% das transações bancárias são realizadas nos canais eletrônicos. Nos últimos quatro anos, a rede de atendimento também cresceu quase quatro vezes, saindo de menos de 300 pontos de atendimento para quase 1.100. Tanto investimento e reformulação refletem no valor do banco. Em 2019, o BRB valia R$ 900 milhões e hoje o valor de mercado é R$ 6,3 bilhões.
AB – O crescimento do banco também teve reflexo na contratação de novas pessoas?
PHC – Sim. Ao crescer, o BRB, que tem como principal pilar a valorização das pessoas, também contratou. Foram quase 1.000 novos postos de trabalho, reforçados com a realização de cinco concursos públicos que atraíram candidatos de todo o país. O banco não realizava um concurso desde 2013.
“Logo que a pandemia foi decretada, lançamos o Supera-DF e depois o Acredita e o Avança, em 2020 e 2021. Com os três programas, foram atendidos 350 mil clientes e movimentados R$ 19 bilhões”
AB – A reformulação do banco também rendeu prêmios…
PHC – O trabalho desempenhado por todo o time do BRB rendeu uma série de prêmios. De melhor banco em atendimento na América do Sul – concedido pela publicação inglesa International Banker ao banco que tem o melhor cartão de crédito do País: o BRB DUX -, eleito duas vezes consecutivas. O BRB ainda recebeu o prêmio internacional Muse Design pelo novo modelo de agência, que começou a ser implantado em Brasília neste ano e já pode ser conferido nas unidades do Noroeste, Terraço Shopping e postos de atendimento de órgãos como o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior do Trabalho.
AB – Em meio à pandemia, o BRB foi o primeiro banco do país a lançar um programa para minimizar os impactos financeiros decorrentes da pandemia da covid-19. Como foi isso?
PHC – Lançamos três programas com foco em minimizar os impactos da pandemia, ajudando a salvar empresas e clientes pessoas físicas em dificuldade. Logo que a pandemia foi decretada, lançamos o Supera-DF e depois o Acredita e o Avança, em 2020 e 2021. Com os três programas, foram atendidos 350 mil clientes e movimentados R$ 19 bilhões. O banco ainda distribuiu máscaras, comprou equipamentos para UTIs e participou ativamente da construção do Hospital Acoplado de Samambaia.
AB – Como se deu a chegada do BRB à mobilidade do DF?
PHC – O transporte público enfrentava problemas. No início das aulas, por exemplo, era comum filas enormes pela cidade. O governador Ibaneis Rocha, então, determinou que ajudássemos o DF. Com foco em inovar na prestação dos serviços, o BRB Mobilidade foi criado para operacionalizar o Sistema de Bilhetagem Automática do DF, responsável por mais de 8 milhões de atendimentos desde 2019. Desde então, foi implementada uma série de melhorias ao público, além de inauguradas novas unidades de atendimento, aumentando a capilaridade. Nos últimos três anos, foram emitidos mais de 850 mil cartões, possibilitando o transporte de cerca de 765 milhões de passageiros. Hoje, a rede de atendimento do BRB Mobilidade conta com 13 postos de atendimento próprios que se somam aos canais digitais e às 108 lojas do BRB Conveniência, aos 27 guichês no metrô e aos 4 pontos de atendimento nas agências do Na Hora.
AB – Como tem sido a atuação do banco nos esportes e na cultura?
PHC – O BRB patrocina diversas modalidades, como futebol, tênis, automobilismo. Assumimos ainda importantes equipamentos públicos, como a Torre de TV e o Autódromo Internacional Nelson Piquet, que, depois de oito anos fechado, vai voltar a receber provas internacionais e colocar Brasília de volta ao circuito automobilístico, promovendo o turismo e a geração de emprego e renda. O BRB deu ainda um importante passo em defesa dos valores culturais e afetivos de Brasília. Em setembro, quando completou 56 anos, o BRB apresentou o BRB Cultural, projeto que prevê uma série de ações de fomento à cultura, entre as quais análise da viabilidade para investimentos no setor até 2025. O banco vai estudar o desenvolvimento de ações de apoio à reforma da Sala Villa Lobos, do Teatro Nacional, de modernização da Orquestra Sinfônica, de investimento na 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, entre outras estratégias para outros espaços culturais.
AB – Quantas agências o BRB possui hoje?
PHC – Atualmente, o BRB conta com 188 agências distribuídas pelo Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Alagoas. Ao número de agências, somam-se 882 correspondentes bancários e 609 ATMs próprios, complementados por mais de 24 mil ATMs da Rede 24 horas, garantindo ao BRB cobertura de atendimento em todo território nacional.
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