BRASÍLIA | Cuidados com a saúde e meio ambiente durante o período da seca

Galhos retorcidos, tronco curto: a silhueta típica da árvore do Cerrado | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

O tema foi debatido durante transmissão ao vivo promovida pela Secretaria de Segurança Pública

Os cuidados com a saúde e com o meio ambiente no período de estiagem foram debatidos durante live promovida pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, nesta sexta-feira (3). Representantes da Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal participaram da transmissão.

Internautas colaboraram ativamente com questionamentos, sugestões e elogios ao tema.  

O subsecretário da Defesa Civil, coronel Alan Araújo, explicou a importância de adotar medidas para amenizar as sensações causadas pelo período de estiagem. “O mais importante é ingerir bastante água durante todo o dia. Os exercícios físicos devem ser evitados no horário entre 10h e 16h e os cuidados com idosos e crianças devem ser redobrados”.

De acordo com o subsecretário, o Distrito Federal não se encontra no período crítico da seca, quando a umidade relativa do ar fica abaixo de 30%, por no mínimo, três dias consecutivos, mas que as cuidados já podem entrar na rotina dos brasilienses. “A partir de agosto devemos passar pelo período crítico. Atualmente, essa massa de ar frio sobre o Distrito Federal está retardando os efeitos da seca”, avaliou.

A Defesa Civil classifica os níveis de umidade em três tipos: estado de atenção, quando a umidade fica entre 20% e 30% por cinco dias consecutivos ; estado de alerta, com umidade entre 12% e 20% por três dias consecutivos e o estado de emergência, que é declarado quando a umidade fica abaixo dos 12% por, no mínimo, dois dias consecutivos.

Utilizar vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água para umidificar os ambiente es ficar atento aos alertas da Defesa Civil. “ É  importante ter cuidado com as bacias de água e colocá-las em locais adequados, evitando assim um acidente. Pois o morador pode não se atentar. No período da noite é melhor optar pelos umidificadores”, contou.

Os cuidados para evitar incêndios florestais foram pontuados pelo comandante especializado do CBMDF,  tenente-coronel Bruno Tempesta. “Ao sinal de incêndio ou  fumaça é imprescindível que seja feito contato imediato com 193. É importante, para melhor identificação do local e atuação da corporação, que seja informado um ponto de referência. Outra coisa: nunca deixe de ligar pensando que já fizeram contato antes. Todo cuidado é necessário”. Um outro canal para avisar a corporação sobre a ocorrência de incêndios florestais é o telefone do Grupamento Especializado em Proteção Ambiental (GEPRAM) – 39012930.

A parceria junto à Secretaria do Meio Ambiente foi pontuada por Tempesta. “Por meio do Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, coordenado pela Secretaria, juntamente de outras dezessete instituições, focamos na redução de área queimada no DF”.

O comandante explicou também como funciona a Operação Verde Vivo, que é executada em quatro fases pela corporação. “A Operação é contínua, com focos em diferentes épocas do ano. Claro que durante o período de estiagem a ação é muito maior, mas para redução de áreas queimadas, trabalhamos durante todo ano”.

A primeira delas ocorre entre abril e maio. Nesta etapa a corporação juntamente da Secretaria do Meio Ambiente focam na conscientização da comunidade, em especial dos moradores de áreas rurais, onde habitualmente há os maiores focos de incêndios. É também o período em que bombeiros são capacitados para atuar no combate contra incêndios no Cerrado.

“Uma das primeiras ações dentro da operação é realizar o trabalho de prevenção e informação junto a toda essa população. Cedemos até mesmo materiais a esse público, caso eles solicitem e tenhamos disponibilidade”.

A terceira fase compreende os meses de agosto a outubro – é a mais crítica, pois engloba o período de estiagem, em que as queimadas tendem a aumentar.   A partir deste estágio, as unidades do Corpo de Bombeiros aumentam a mobilização para o atendimento dos casos de incêndios florestais. Em novembro, com o início das chuvas, ocorre a desmobilização gradual das equipes destacadas exclusivamente para as queimadas.

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