Índice de 1,31% em fevereiro de 2025, maior desde 2003, gera debates sobre dados econômicos oficiais
Da Redação
O Brasil alcançou, nesta quarta-feira (12), a maior inflação dos últimos 22 anos, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrando alta de 1,31% em fevereiro. Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o índice é o mais elevado para o mês desde 2003, quando chegou a 1,57%. A marca também supera qualquer variação mensal desde março de 2022, período em que o IPCA atingiu 1,62%.
O aumento foi impulsionado principalmente pela elevação no preço da energia elétrica residencial, que impactou diretamente o custo de vida das famílias. Produtos alimentícios subiram 0,75%, enquanto os não alimentícios avançaram 1,72%, segundo o IBGE. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação chegou a 5,06%, a maior desde setembro de 2023, conforme apontam os registros oficiais.
A divulgação dos números ocorre em meio a críticas de que o IBGE estaria subestimando os indicadores econômicos durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Setores da oposição e analistas independentes questionam a metodologia do instituto, sugerindo que os dados reais poderiam ser ainda mais altos. O governo, por sua vez, não se pronunciou oficialmente sobre as acusações até o fechamento desta matéria.
O cenário econômico reacende discussões sobre o desempenho da gestão Lula, iniciada em 2023, que enfrenta desafios como o controle da inflação e a manutenção do poder de compra da população. O Banco Central, responsável pela política monetária, ainda não informou se haverá ajustes na taxa Selic em resposta ao resultado de fevereiro.
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