Autocandidato ao Governo da Paraíba, Adriano Galdino quer Ricardo Coutinho e João Azevêdo em seu palanque

A jogada política de Galdino não só aborda questões de alianças partidárias mas também toca em temas de integridade e confiança pública, considerando as controvérsias envolvendo Coutinho

Em um movimento político que pode redefinir o cenário eleitoral da Paraíba para 2026, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), anunciou sua candidatura ao governo do estado e traçou uma estratégia ousada: unir dois adversários locais, apesar de suas diferenças e histórias recentes.

Galdino, em entrevista ao programa Arapuan Verdade, afirmou que tem a capacidade de atrair membros de ambos os campos políticos – oposição e situação – para seu palanque. Ele acredita que pode “sepultar qualquer tipo de composição ou risco no palanque adversário” com essa manobra, destacando sua habilidade de atuar como um ponte entre as lideranças políticas:

“Pode acontecer, não só com Ricardo e João [uni-los no mesmo palanque], mas com outras figuras da oposição também. Eu sou o único político da base do governador João capaz de dividir a oposição”, declarou Galdino.

Ele justificou sua confiança em conseguir essa união destacando sua boa relação com os dois políticos. Galdino lembrou que foi essencial para garantir a governabilidade tanto de Ricardo Coutinho, durante sua gestão, quanto de João Azevêdo, com quem tem trabalhado na ALPB. Esta relação, segundo ele, poderia ser a chave para uma aliança inédita.

A tentativa de unir Ricardo Coutinho, cuja carreira tem sido ofuscada por escândalos recentes, com João Azevêdo, que se distanciou do ex-governador e tomou um caminho próprio, representa um desafio significativo. A proposta de Galdino não só aborda questões de alianças partidárias mas também toca em temas de integridade e confiança pública, considerando as controvérsias envolvendo Coutinho.

A jogada política de Adriano Galdino para as eleições de 2026 na Paraíba é uma aposta em uma coalizão que poderia redesenhar a política local. Se bem-sucedida, essa união poderia criar um bloco de poder sem precedentes no estado. No entanto, a execução desse plano depende de muitas variáveis, incluindo a disposição de ambos os líderes políticos para superar rivalidades e diferenças passadas. A política paraibana está, portanto, prestes a assistir a um dos jogos de xadrez mais complexos de sua história recente.