Minimizando impactos ambientais e adotando práticas inovadoras
A concepção do termo sustentabilidade teve origem durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment – UNCHE) realizada em Estocolmo, em 1972, sendo formalizado no relatório “Nosso Futuro Comum” de Gro Brundtland em 1987. No entanto, embora a expressão tenha sido associada a esforços em prol do meio ambiente, sua efetiva aplicação nas empresas tem sido limitada ao longo dos últimos 35 anos.
Este desafio se torna ainda mais evidente no setor da arquitetura na construção civil, dado que as atividades desse setor envolvem modificações significativas no espaço e no meio ambiente. Como, então, podemos adotar práticas sustentáveis e minimizar os impactos nos recursos naturais? A arquitetura sustentável, por definição, busca reduzir o impacto ambiental das construções. Contudo, alguns argumentam que isso pode parecer contraditório, uma vez que a própria natureza da arquitetura, urbanismo e paisagismo envolve a alteração do ambiente natural para atender às necessidades humanas.
Portanto, o foco deve ser na minimização do impacto ambiental causado pela construção civil, já que desde a produção até o descarte de materiais, essa indústria gera poluição e desgaste do meio ambiente. Para abordar essa questão, várias etapas e escolhas podem ser consideradas. Em primeiro lugar, o cumprimento das leis de zoneamento, uso e ocupação do solo é essencial para preservar áreas sensíveis e atender às demandas municipais, evitando a degradação de recursos naturais.
Além disso, a escolha de técnicas construtivas e materiais que gerem menos impacto e produzam menos resíduos é fundamental. Isso inclui a adoção de estruturas de parede de concreto e o uso de alvenaria racionalizada para reduzir a geração de entulho. As construtoras também podem investir em tecnologias de reutilização de água pluvial, iluminação LED e outros dispositivos econômicos de energia, bem como sensores de movimento para controlar a iluminação de forma eficiente.
No planejamento arquitetônico, a otimização do uso do terreno, a redução da movimentação de terra e a preservação do solo natural para permeabilidade são prioridades. A observação do entorno e das condições climáticas pode orientar a disposição do edifício para maximizar a iluminação natural e ventilação. Estratégias como a escolha de cores na fachada para melhor desempenho térmico e o dimensionamento adequado de esquadrias podem reduzir a necessidade de ventilação artificial e o consumo de energia.
É responsabilidade dos profissionais de arquitetura, engenharia, construtoras e todos os envolvidos na indústria da construção adotar e promover essas práticas em seus projetos. Demonstrando na prática os benefícios das abordagens sustentáveis, o mercado será mais incentivado a oferecer soluções e produtos que incorporem essas tecnologias, tornando-as cada vez mais acessíveis e difundidas.
Portanto, a sustentabilidade é uma atitude que deve permear nosso comportamento cotidiano. Ações individuais, juntamente com esforços dos setores público e privado, como a redução do consumo, a gestão de resíduos, a educação ambiental e o respeito pelo ambiente natural, são cruciais para uma vida verdadeiramente sustentável. A sustentabilidade não deve ser uma opção, mas sim uma realidade que todos devem abraçar em prol do planeta.
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