Pedido de vista do ministro do STF interrompe análise da Primeira Turma sobre mandato do presidente da Câmara de João Pessoa
Da Redação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista na sexta-feira (28), no julgamento que avalia a legalidade da reeleição de Dinho Dowsley (PSD) à presidência da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). A análise ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF e foi suspensa após o voto do relator, ministro Flávio Dino, que se posicionou favoravelmente à manutenção do mandato de Dinho para o biênio 2025-2026. O julgamento, iniciado às 9h do dia 28, segue até 4 de abril, mas agora depende da devolução do processo por Moraes.
A ação foi movida pelo diretório municipal do PDT, que contesta a recondução de Dinho ao cargo, alegando violação aos princípios de alternância de poder e limite de reeleições em mesas diretoras. Flávio Dino, em seu voto, argumentou que a eleição de Dinho respeitou o marco temporal fixado pelo STF, que permite uma única reeleição para o mesmo cargo após 7 de janeiro de 2021. Antes do pedido de vista, apenas Dino havia votado, enquanto os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux ainda não se manifestaram.
Dinho Dowsley foi reeleito em 1º de janeiro de 2025 com 24 votos, derrotando João Almeida (PDT), que obteve 5 votos. O vereador, que já presidiu a CMJP nos biênios 2021-2022 e 2023-2024, enfrenta questionamentos judiciais desde o pleito, incluindo um afastamento temporário em 2024 por operação da Polícia Federal. A decisão de Moraes adia a definição sobre sua permanência no cargo.
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