Ácido hialurônico: efetivo para tratamentos estéticos e na ortopedia

Como cosmético, ácido hialurônico é indicado para hidratação da pele e para preenchimentos faciais com fins estéticos

Oriundo da crista de galo ou de bactérias provenientes da biofermentação, substância tem diversas aplicabilidades

Cosméticos produzidos com ácido hialurônico são utilizados para preenchimentos e outros procedimentos estéticos, melhorando o aspecto de olheiras, “bigode chinês” ou para harmonizar o contorno da face. Essa aplicabilidade já é bastante difundida, mas o material produzido a partir da crista de galo ou de bactérias provenientes da biofermentação também pode ser utilizado nas articulações de joelho e quadril, adiando a necessidade de cirurgia para colocação de próteses, por exemplo. Embora tenha a mesma origem, o ácido hialurônico utilizado na dermatologia e na ortopedia tem diferenças na concentração de moléculas e alguns componentes químicos. 

A dermatologista do Hospital São Marcelino Champagnat Anna Karoline de Moura explica que o corpo começa a diminuir a produção do ácido hialurônico por volta dos 25 anos, quando o acompanhamento com especialista é mais procurado. “Não existe uma ‘receita de bolo’ para o uso. Pessoas com doença autoimune ou com histórico de alergias severas devem evitar o uso, mas, como cosmético, é indicado para hidratação da pele e deve ser utilizado diariamente. No que diz respeito aos injetáveis, vale sempre a avaliação de um especialista antes de utilizar, mas é excelente para preenchimento do volume da boca, queixo, olheiras e contorno da face”, explica.

Ortopedia

Já na parte ortopédica, a aplicação do ácido hialurônico é indicada em casos de artrose leve e moderada e ajuda a evitar o desgaste que leva as articulações a processos inflamatórios, dores e dificuldades de locomoção do paciente no dia a dia.

“A aplicação retarda principalmente a necessidade da prótese do joelho e quadril. Em casos leves e moderados, quando a aplicação é associada à atividade física, ajuda a frear a artrose”, explica o ortopedista do Hospital São Marcelino Champagnat, Antonio Tomazini. “Normalmente, o tempo de ação é de 12 meses, mas claro que isso não é uma regra. Pessoas com a musculatura mais forte, conseguem uma durabilidade ainda maior”, complementa o especialista.

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