Pesquisa Genial/Quaest mostra aumento de rejeição impulsionado por crise no INSS e percepção de promessas não cumpridas
Da Redação
A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 57% em maio de 2025, o maior índice desde o início de seu terceiro mandato, em janeiro de 2023, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4). O levantamento, realizado entre 29 de maio e 1º de junho com 2.004 eleitores, aponta uma oscilação de um ponto percentual em relação a março, quando a rejeição era de 56%. A aprovação, por sua vez, caiu de 41% para 40%, o menor patamar da série histórica. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com 95% de confiança.
O aumento da desaprovação reflete o impacto do escândalo de fraudes no INSS, com 82% dos entrevistados cientes do caso e 31% atribuindo a responsabilidade diretamente ao governo Lula, superando as menções ao próprio INSS (14%). A percepção de que o presidente não cumpre promessas de campanha também cresceu, com 70% dos entrevistados afirmando que a gestão está aquém do esperado. Entre os mais pobres, com renda de até dois salários mínimos, a aprovação caiu de 52% para 50%, enquanto a desaprovação subiu de 45% para 49%. Pela primeira vez, a desaprovação superou a aprovação entre católicos (53% contra 45%) e empatou tecnicamente entre eleitores com ensino fundamental.
No Nordeste, a aprovação de Lula subiu de 52% para 54%, mas no Sudeste, a desaprovação atingiu 64%, um recorde. No Sul, 62% rejeitam a gestão, e no Centro-Oeste/Norte, 55%. Apesar da crise de popularidade, a percepção econômica apresentou leve melhora, com 48% considerando que a economia piorou, ante 56% em março.
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