Operação Retomada apura fraudes de R$ 126 milhões em aposentadorias na Paraíba

Gaeco, CGU e Polícia Civil cumprem mandados contra esquema que manipulava decisões judiciais, lesando mais de 100 mil aposentados

Da Redação

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Civil, deflagrou, nesta sexta-feira (16), a segunda fase da Operação Retomada, visando desarticular um esquema fraudulento que lesou mais de 100 mil aposentados e pensionistas na Paraíba. A operação, que cumpriu seis mandados de busca e apreensão em João Pessoa, Cabedelo, Sapé e São Paulo, investiga descontos ilegais de R$ 126 milhões em benefícios previdenciários, segundo o Gaeco.

As investigações apontam que 11 associações fraudulentas, incluindo a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), moveram mais de 230 ações coletivas na Paraíba, manipulando jurisdições para obter decisões judiciais favoráveis. Advogados e um servidor do Judiciário estadual aliciavam idosos vulneráveis, induzindo-os a assinar contratos disfarçados de contribuições associativas, que encobriam empréstimos com juros abusivos. As ações, protocoladas em comarcas como Gurinhém, usavam documentos forjados e tramitavam em segredo de justiça, sem conhecimento das vítimas.

A primeira fase, em 11 de dezembro de 2024, afastou um juiz da Comarca de Gurinhém e bloqueou R$ 10 milhões das contas das associações. A operação não tem relação com a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que também apura fraudes no INSS.

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