Eleições 2026: senador Efraim Filho avalia troca de partido para disputar o Governo da Paraíba

Senador do União Brasil, sem comando da federação com PP, considera nova legenda para viabilizar pré-candidatura ao Palácio da Redenção

O senador Efraim Filho, presidente do União Brasil na Paraíba, pode deixar a legenda para disputar o governo do estado nas eleições de 2026, caso perca o comando da federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas (PP). A possibilidade foi levantada em postagens nas redes sociais no domingo (11), apontando que a indefinição sobre a liderança da federação, adiada para março de 2026, pressiona Efraim a buscar alternativas para manter sua pré-candidatura.

Efraim, que já admitiu sua intenção de concorrer ao Palácio da Redenção, enfrenta concorrência interna na federação, com o prefeito Cícero Lucena e o vice-governador Lucas Ribeiro, ambos do PP, também cotados. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade em 24 de abril, o senador afirmou que o adiamento da decisão sobre o comando não afeta sua pré-candidatura, destacando que, se for o nome mais forte da oposição em outubro de 2025, sua posição será reforçada. “Se na oposição o melhor nome for o meu, eu passarei a ser o candidato das oposições”, disse.

A federação, oficializada em 29 de abril em Brasília, enfrenta impasses na Paraíba, Pernambuco e Paraná, sem consenso sobre a presidência estadual. Efraim defende um comando compartilhado, com ele na liderança do União Brasil e o grupo Ribeiro (PP) no PP, mas o presidente do PP, Enivaldo Ribeiro, reivindica o controle, citando a maior estrutura do partido, com dois deputados federais (Aguinaldo e Mersinho Lucena) contra um do União Brasil (Damião Feliciano).

Fontes próximas ao senador indicam que Efraim negocia com o Republicanos e o PL como possíveis destinos, caso o PP domine a federação. A saída, porém, dependeria de garantias de apoio de lideranças como Hugo Motta (Republicanos), que também é cotado para o governo. Efraim já recuou em 4 de maio, sinalizando apoio a Motta em gratidão à aliança de 2022, mas mantém o diálogo com a oposição, incluindo Pedro Cunha Lima (PSD) e Romero Rodrigues (Podemos).

O senador, que preside a Comissão Mista de Orçamento em 2026, aposta em sua imagem de “jovem, trabalhador e ficha limpa” para atrair eleitores, mas a mudança de legenda pode depender da viabilidade de sua candidatura frente à força do PP e da base aliada do governador João Azevêdo (PSB).

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