Deputado do PSD cita fraudes investigadas na gestão do hospital e alerta para recorrência de incidentes após novo princípio de incêndio
Da Redação
O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD-PB) usou suas redes sociais na noite de domingo (11), para associar o recente princípio de incêndio no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, ao escândalo investigado pela Operação Calvário. Cunha Lima destacou que o hospital teve um curto-circuito em um ar-condicionado no segundo pavimento, foi palco de fraudes bilionárias entre 2011 e 2019, segundo investigações do Ministério Público. Ele também lembrou um incidente semelhante ocorrido em 1º de dezembro de 2024, que exigiu a evacuação parcial da unidade.
A Operação Calvário, conduzida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ-Gaecc) e da Paraíba (MPPB-Gaeco), revelou um esquema de desvio de recursos públicos na gestão do Trauma, terceirizada pela Cruz Vermelha Brasileira (filial Rio Grande do Sul). A organização social, contratada desde julho de 2011, faturou R$ 1 bilhão na Paraíba, com suspeitas de pagamento de propinas a agentes públicos, conforme reportado pelo Fantástico em 3 de fevereiro de 2019. A operação resultou na intervenção do governo no hospital e na demissão de auxiliares ligados à então secretária de Administração, Livânia Farias, em 2019.
O princípio de incêndio de domingo, controlado pelo Corpo de Bombeiros sem registro de feridos, foi o terceiro em seis meses, todos causados por falhas em aparelhos de ar-condicionado. Cunha Lima criticou a manutenção do hospital, questionando a segurança da unidade que, segundo ele, “financiou esquemas de corrupção”. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PB) informou que investiu R$ 3,2 milhões desde dezembro de 2024 na modernização do sistema elétrico e que uma perícia está em curso para apurar as causas do incidente.
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