Empresa investigada pela Polícia Federal fecha novo contrato com Prefeitura de Patos

Hugo Motta e o pai, o prefeito de Patos Nabor Wanderley

Eco Forte, ligada a alvos da Operação Outside, ganha R$ 3,9 milhões sem licitação para gerir aterro sanitário

Da Redação

A empresa Eco Forte, que tem entre seus sócios Dayane Cesarino, investigada pela Polícia Federal (PF) na Operação Outside, obteve um contrato de R$ 3,9 milhões sem licitação com a Prefeitura de Patos, no Sertão da Paraíba, para operar um aterro sanitário. A cidade é administrada por Nabor Wanderley (Republicanos), pai do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). O acordo, assinado em 10 de abril de 2025, foi revelado pelo UOL e motivado pela rescisão de um contrato anterior, após recomendação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) devido a problemas ambientais.

A Operação Outside, em sua segunda fase deflagrada em 3 de abril, apura fraudes em licitações e desvios de R$ 4,7 milhões em emendas de relator, indicadas por Motta em 2020, para pavimentação das avenidas Alças Sudeste e Sudoeste em Patos. A empresa Engelplan, administrada por André Cesarino, marido de Dayane, foi favorecida no certame, com indícios de superfaturamento de R$ 269 mil e pagamento de propinas a servidores, segundo a PF. A Eco Forte opera no mesmo endereço da Engelplan, que foi alvo de buscas em abril.

A Prefeitura de Patos informou que o novo contrato reduz custos em R$ 20 por tonelada de lixo e que nenhum prédio municipal foi alvo de buscas na operação. Motta, que não é investigado, destacou a importância da fiscalização e defendeu punição a irregularidades comprovadas. O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) suspendeu um contrato anterior da gestão por irregularidades na coleta de lixo.

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